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Enviada em: 01/06/2018

Em meados do século IV antes de Cristo, o filósofo grego Aristóteles dizia que devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida em que se desigualam. Atualmente, entretanto, isso não acontece na sociedade brasileira, pois esta não está preparada, de forma integral, para o tratamento dos dependentes químicos. Essa problemática ocorre devido à marginalização dos viciados e à ineficiência da saúde pública. Dessa forma, faz-se necessário promover discussões sobre o tema que objetivem uma solução.         Primeiramente, os indivíduos que são viciados em drogas são tratados, pela comunidade brasileira, como uma parcela excluída nos meios em que vivem. Isso advém, em parte, do corpo social preconceituoso que se encontra no país. Segundo Emille Durkheim, sociólogo francês, essa aversão pelos dependentes químicos é explicada pelos fatos sociais, comportamentos que a sociedade impõe dotados de coerção social, sob pela de exclusão social se não praticarem tal ato.        Além disso, o Sistema Único de Saúde(SUS) brasileiro não funciona da maneira como deveria e não tem estrutura adequada para suportar a grande maioria dos dependentes. De acordo com o Ministerio da Saúde , são 600.000 usuários de crack no país, porém só existem 8800 vagas em hospitais psiquiátricos e 243 centros de atenção psicossocial(CAPS) . Sendo assim, deve-se adotar medidas que priorizem reformas estruturais e a reabilitação dos dependentes químicos.      Pode-se perceber, portanto, que o Brasil não se encontra apto a combater , em sua totalidade, esse caso de saúde pública. Logo, torna-se imperativo que a população cobre melhorias do Governo Federal em relação ao SUS através de manifestações e passeatas.Ademais, o Ministério da Educação deve realizar palestras educativas com psicólogos e neurologistas para eles explanarem sobre os malefícios das drogas no cérebro e na sociedade. Por fim, os dependentes químicos precisam ser tratados de modo digno na sua desigualdade, como pregava Aristóteles.