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Enviada em: 03/06/2018

Nas grandes capitais brasileiras, é inevitável encontrar centenas ou até milhares de pessoas  perambulando pelas ruas sob o efeito de álcool e drogas. Na região central de São Paulo, a Cracolândia é um exemplo disso. O aumento do número de dependentes químicos nos últimos anos tem preocupado os gestores públicos municipais e estaduais para a intensificação do combate ao tráfico de drogas e o tratamento desses usuários. No entanto, políticas públicas adotadas atualmente não estão sendo eficazes tanto para o atendimento dos doentes quanto para a redução do tráfico de entorpecentes. O Brasil gasta por ano bilhões de reais em segurança pública, principalmente para o intensivo combate ao tráfico de drogas. Não obstante, segundo o jornal Hoje em Dia, embora tenha reduzido o número de internações por uso de drogas ilícitas, ainda continua alto com 53.530 doentes em 2015. Assim, esses gastos governamentais, além de serem vultosos, são ineficazes ao combate na redução do comércio ilícito de entorpecentes. Por outro lado, os bilhões de reais gastos em segurança pública e no sistema penitenciário, poderiam ser destinadas à educação do ensino básico ao universitário e à saúde para melhorar o tratamento dos dependentes químicos. A descriminalização do uso de drogas e o controle estatal na produção de drogas poderiam reduzir o uso indiscriminado de entorpecentes. Apenas com prescrição médica, o doente poderá utilizar drogas alternativas como terapia de recuperação. Portanto, é notório que as políticas públicas implantadas e os enormes gastos são ineficazes, pois houve um aumento de internações por abuso de drogas. Com a legalização do uso de entorpecentes, os dependentes químicos poderão recorrer ao médico um tratamento que possa reduzir o vício ou solicitar uma droga alternativa com efeitos colaterais menos prejudiciais à saúde. Outro efeito positivo dessa liberação é a redução do tráfico de drogas e a criminalidade ligada a ela.