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Enviada em: 05/06/2018

A química do acolhimento       Os dependentes químicos do Brasil encontram um difícil caminho para o tratamento, tendo em vista que não só a abordagem do doente muitas vezes é inadequada, como também não é reconhecido o caso como saúde pública. Dessa forma, faz-se necessário mudanças para auxiliar a reabilitação.       Primeiramente, há falta de cuidado no primeiro contato com os viciados em drogas. Em 2017, o recém eleito, João Doria, prefeito de São Paulo, ordenou que fossem removidos pela polícia militar os doentes que se localizavam na Cracolândia. Porém, após o evento de brutalidade, não houve resolução do caso e muitas pessoas voltaram a se concentrar na Cracolândia. Assim, mudar a situação de fragilidade em que os dependentes estão, não está vinculado a força.       Ademais, a população em geral não encara o problema como saúde pública. É fácil encontrar discurso de pessoas alegando que só fica dependente quem quer, e para superar o vício só é preciso querer. Toda via, drogas são químicos que estimulam o cérebro a liberar substâncias que são responsáveis pelo sentimento de prazer, ainda, a crise de abstinência não é fácil controlar. Portanto, o julgamento equivocado da sociedade também é um empecilho para a melhoria do quadro.       Dado o exposto, é preciso modificações para o tratamento de usuário de álcool e outras drogas. Primeiro, o governo deve dar mais autonomia e repasse maior de recursos para os Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), pois é nesse espaço que se faz o acolhimento e tratamento dos dependentes. Alem disso, investir nas propagandas em locais públicos para mostrar à população o que realmente é o vício em substâncias, é um ótimo meio para mudar a senso comum sobre a problemática. Assim, é possível suprir os desafios dos tratamentos dos doentes.