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Enviada em: 09/06/2018

Durante a década de 1960 surgiu, nos Estados Unidos, um movimento cultural de protesto à Guerra do Vietnã: o movimento hippie. Inspirados pelo lema "sexo, drogas e rock'n roll" os jovens passaram a viver de forma despreocupada e buscando prazeres a qualquer custo. O uso constante de drogas pode causar dependência química que deve ser tratada em centros especializados. No entanto, devido à falta de políticas públicas eficientes ao combate dessas substâncias e o crescente número de usuários, esses centros tornam-se saturados e incapazes de exercer sua função.   É necessário destacar, antes de tudo, que o tráfico ilegal de drogas possibilita o número descontrolado de usuários. De acordo com dados do Ministério da Saúde, houve um aumento de 150% de pacientes internados em centros de tratamento a dependentes químicos no Brasil em 15 anos. Dessa forma, é clara a contribuição negativa do narcotráfico, já que as políticas de controle da entrada desses entorpecentes nas fronteiras são ineficazes, de modo a possibilitar que haja uma quantidade de drogas ilícitas suficientes para serem comercializadas em festas, por exemplo, atraindo novos consumidores.   É inegável, ademais, que o crescente número de usuários dificulta o tratamento dos dependentes químicos. Segundo o sociólogo Émile Durkheim, o coletivo é capaz de influenciar as ações individuais. Nesse sentido, devido à influência de grupos de amizade, jovens entram em contato precoce com essas substâncias e, por não saberem do que se trata, ou por não conhecerem seus efeitos nocivos ao organismo, se apegam aos prazeres gerados por estas como um meio de diversão, de modo a tornarem-se dependentes e candidatos às vagas dos centros de tratamentos, saturando-os.   Torna-se evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas a fim de atenuar as barreiras ao tratamento de dependentes químicos. Sendo assim, cabe ao Ministério da Educação, em parceria ao Ministério da Saúde, educar os jovens sobre os riscos do vício em drogas ilícitas, por meio de programas escolares ministrados por médicos, que permitam o contato com essas substâncias, assim como ensinem sobre os efeitos negativos à saúde física e mental. Espera-se, com isso, que estes seres tornem-se capazes de reconhecer e recusar esses entorpecentes quando lhes forem oferecidos, para que, diferentemente dos jovens da contracultura, a busca pelo prazer não prejudique sua saúde.