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Enviada em: 11/06/2018

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948 pela ONU, assegura a todos dignidade de vida. Entretanto, essa garantia é constantemente violada devido à falta de infraestrutura adequada à recuperação de dependentes químicos, o que acaba limitando suas perspectivas futuras.       Em primeiro plano, a teoria psicológica do behaviorismo afirma que a frequência de um hábito é diretamente proporcional à intensidade e à imediatez da recompensa associada. Isso significa que o tratamento de viciados em entorpecentes requer a identificação subconsciente do vício como causa de sofrimento para si próprio, o que é extremamente dificultoso dada a sensação de prazer instantânea proporcionada por esse. Dessa forma, as clínicas e instituições de recuperação carecem de meios para prover felicidade alternativa aos recuperandos, de modo a explicitar os danos decorrentes do uso de drogas.       Outrossim, muitos dependentes químicos distanciam-se de padrões de higiene, aparência e comportamento aceitos socialmente, para dedicarem-se ao vício. Esse problema acaba estigmatizando-os e, de certa forma, desumanizando-os, de acordo com o conceito proposto pela filósofa Hanna Arendt. Desse modo, a violência contra os viciados é legitimada, determinando sua exclusão social e tratamento indigno, inclusive por órgãos governamentais, a exemplo do observado na desocupação da Cracolândia, na cidade de São Paulo.       Diante desses aspectos, observa-se, portanto, a necessidade de empatia para auxiliar o tratamento de dependentes químicos. Para isso, o Ministério da Saúde, em parcerias com ONGs e com o Poder Executivo, deve equipar instituições de recuperação com oficinas de trabalho e meios de lazer. Ademais, o MEC deve realizar palestras no ambiente escolar e elaborar cartilhas, com o intuito de alertar sobre os malefícios das drogas. Por consequência, garante-se o tratamento e o desenvolvimento pessoal dos viciados em drogas, promovendo a dignidade defendida pela ONU.