Materiais:
Enviada em: 11/06/2018

No que se refere aos desafios para o tratamento de dependentes químicos no Brasil, é de conhecimento geral que já na década de 70, um experimento do psicólogo Bruce Alexander mostrou que o uso de entorpecentes se dissociava do livre arbítrio. O experimento consistia em usar ratos e a heroína com a finalidade de evidenciar que o uso de drogas está diretamente associado com sua interação social, ou seja, os usuários se drogam para suportar situações difíceis.  Evidentemente, com os humanos não é diferente, de acordo com o Ministério da Saúde, a maior parte dos usuários de drogas entra nesse mundo para fugir de uma realidade de desigualdade e sofrimento. É evidente que mesmo com os investimentos do governo, as medidas para esse combate são meramente paliativas, e não atingem o cerne do problema, que está nos impasses sociais que os brasileiros sofrem, como a desigualdade social e falta de estrutura familiar.  Somado a isso, é incontestável que o traficante se aproveita da vulnerabilidade dos usuários para enriquecer, para ilustrar, o filme tropa de elite mostra bem essa realidade. Como consequência o tráfico deixa um déficit na saúde muito maior do que o governo pode suprir. Indubitavelmente, nos países que legalizaram determinadas drogas, exemplificando a Holanda, surpreendentemente por não ser mais um ato ilícito o nível de usuários baixou, pois mais pessoas pedem ajuda ao governo.  Conclui-se que, a teoria determinista de Jean Lamark diz que o meio modifica o ser, ilustrando que a cura dos usuários de drogas começa com mudanças na sociedade brasileira. Desse modo, é com a conscientização da população, por meio de parcerias do MS e psicólogos especializados em comportamento de viciados em drogas, com o intuito de ministrar palestras sobre a utilização dessas substâncias ser uma uma doença e não uma escolha, abordando o tema de forma que os necessitados busquem ajuda de forma voluntária, deveras resolvendo essa adversidade.