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Enviada em: 12/06/2018

De acordo com dados do jornal Hoje em Dia, o número de internações por uso de drogas ilícitas cresceu significativamente no Brasil entre 2008 e 2015. Visto isso, esse dado revela que o combate e o tratamento de dependentes químicos no país têm enfrentado dificuldades no quesito de controle do número de usuários de drogas, já que houve um aumento desse número no período citado. Nesse viés, os maiores desafios enfrentados nos processos de reabilitação atualmente são derivados de problemas sociais, os quais dificultam que um ex-dependente químico não recorra novamente às drogas como meio de fuga da difícil e preconceituosa realidade.    Vale ressaltar, a princípio, que a maioria das drogas ilícitas como a cocaína e o ecstasy, aumentam a liberação da Dopamina no organismo, um neurotransmissor que envia impulsos nervosos de prazer do cérebro para o resto do corpo. Logo, a pessoa que utiliza essas substâncias está em busca de uma maior disposição física, conforto e felicidade, muitas vezes para fugir e esquecer de problemas da realidade. Nesse contexto, o indivíduo que tem problemas tão ruins ao ponto de não conseguir lidar sem o uso das drogas, não teve ou não aproveitou uma educação básica de qualidade, já que é por meio do ensino básico que se aprende a ser um ser social e pensante e a se preparar para as responsabilidades futuras, afinal, como já se dizia o filósofo Immanuel Kant: "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele". Por isso, um dos desafios enfrentados no tratamento de dependentes químicos no Brasil é o foco apenas na desintoxicação corporal, trazendo o esquecimento da necessidade de uma reeducação escolarizada.    Além disso, a educação básica e profissionalizante fornece ao estudante a oportunidade e a capacidade de se ingressar no mercado de trabalho. Assim, quando ocorre a evasão escolar do indivíduo devido à busca pelas drogas, ele se torna praticamente incapaz de ser empregado, pois além de não estar preparado para a demanda do mercado, empresas não dão preferência de contrato caso saibam que a pessoa utiliza ou já utilizou drogas.    De acordo com o supracitado, o maior desafio no tratamento de dependentes químicos no Brasil é o que ocorre após a desintoxicação corporal. Logo, pelo o que foi discutido, é essencial que o Ministério da Educação acompanhe e fiscalize os atuais centros de reabilitação e tratamento de dependentes químicos, para que seja garantido a todos os pacientes uma reeducação escolar e técnica, capacitando-os para o mercado de trabalho. Aliado a isso, o Governo Federal precisa oferecer vantagens financeiras à empresas que criem cotas de contratação de ex-usuários de drogas. Dessa forma, a ressocialização desses indivíduos ocorrerá sem a necessidade de retorno às drogas. Porém, clínicas de tratamento geralmente focam na desintoxicação corporal do paciente e se esquecem da ressocialização, a qual é fundamental para que o indivíduo não recorra novamente às drogas. Assim, sem uma reeducação de base, contato com uma rotina de responsabilidade