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Enviada em: 14/06/2018

O filme "Vinte e oito dias", de Betty Thomas, conta a história da escritora Gwen, que estava sempre presente em festas e era viciada em entorpecentes. Depois de muito padecer por conta de seus vícios, Gwen é encaminhada a um centro de reabilitação e vê o quanto é complexo o tratamento. Sendo assim, quando fita-se o literal na contemporaneidade, é evidente que esse enredo tem se tornado cada vez mais habitual.    Nesse cenário, um dos vetores reside na desestruturação familiar. Segundo a teoria da Modernidade Líquida, do sociólogo Zygmunt Bauman, na atual sociedade emerge a fluidez, a efemeridade das relações e, sobretudo, o individualismo. Dessa forma, ao se analisar as relações das famílias, percebe-se a concretização dessa assertiva, onde filhos são criados sem nenhum tipo de atenção. Como substrato disso, nota-se o aumento exponencial de distúrbios comportamentais, como a depressão.    Outro condutor dessa mazela é a falha aplicabilidade de projetos estatais. São inúmeros os programas existentes dos Ministérios da Saúde e Educação, no entanto não é perceptível uma abrangência total. Destarte, crianças e adolescentes de periferias não são alcançadas por tais ensinamentos, e acabam enveredando pelo caminho das drogas. O produto dessa afirmativa é o aumento de casos de doenças respiratórias, como enfisema pulmonar, entre outras.    Depreende-se, portanto, que há uma necessidade de ser revisto essa problemática urgentemente. Para isso, a família deve alertar seus filhos, por meio de diálogos proveitosos e informativos a respeito de diversos tabus sociais, como a drogas, a fim de prevenir essa mazela dentro dos seus lares. Por sua vez, o Ministério da Educação pode promover projetos educacionais sobre os perigos do uso desses entorpecentes nas periferias, por meio de palestras e dinâmica interativas, para que haja uma conscientização e diminuição dos casos de dependência química. Logo, esse infortúnio será gradativamente vencido.