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Enviada em: 20/06/2018

Desde a antiguidade há relatos do uso de substâncias psicoativas, ou seja, que geram interferências neurológicas e comportamentais em quem as utiliza. Como meio de ilustrar tal afirmação, pode-se encontrar menções do uso de substâncias que “faziam esquecer o sofrimento” na Odisséia, escrita por Homero. Assim como nos tempos antigos, na contemporaneidade as drogas e químicos são consumidos por muitos como meio de fuga da realidade devido às reações causadas por esses. Entretanto, sabe-se por meio das ciências médicas que esses químicos podem causar danos irreversíveis à saúde como a dependência, por exemplo, problemática essa que torna-se ainda mais grave devido às dificuldade no tratamento dos dependentes de tais substâncias no Brasil.       Sob esse viés, pode-se apontar como uma das principais causas da problemática a falta de recursos financeiros por parte do dependente. Por ser um tratamento intensivo e de custo elevado, muitos dependentes químicos que possuem limitações financeiras encontram-se sem alternativas de tratamento e mudança de vida. Apesar de o sistema de saúde brasileiro promover diferentes tratamentos gratuitos, os tratamentos voltados aos dependentes químicos ainda são escassos e limitados. Segundo São Tomás de Aquino, todos os cidadãos são merecedores de igualdade; No entanto, o cidadão brasileiro ainda possui entraves importantes na área da saúde, que visivelmente não é acessível a todos.       Ademais, apesar de deterem poder aquisitivo e acesso ao tratamento, alguns dependentes químicos se negam ao processo de internação. Isso ocorre, principalmente, devido ao fato de muitos desses não terem a consciência de sua situação de saúde. A desinformação a respeito dessa problemática se deve, em muito, pela falta de interesse e de investimentos dos setores responsáveis pela saúde pública no Brasil, o que gera alienação e impede que mais pessoas compreendam seu estado de dependência, resultando, então, na diminuição da busca por tratamento.       Infere-se, portanto, que medidas devem ser tomadas a fim de se solucionar o impasse. Cabe, portanto, ao Ministério da Saúde, investir na criação de projetos que visem a ampliação do número de clínicas voltadas ao tratamento de dependentes químicos de forma gratuita, de modo a atender melhor a demanda de pacientes. Além disso, cabe ao Governo Federal a criação de projetos que visem conscientizar e informar a sociedade a respeito do uso de substâncias químicas e dos danos causados por essas à saúde, sendo esses dados divulgados na mídia televisiva e na internet. Desse modo, pode-se diminuir a problemática no tratamento de dependentes químicos no Brasil, aumentando o nível de consciência e beneficiando a saúde pública para seus cidadãos.