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Enviada em: 25/06/2018

A relação do homem com a droga não é algo atual, visto que as primeiras referências escritas acerca de plantas e substâncias psicoativas datam da Idade Antiga, na qual eram usadas como medicamentos, moeda de troca e ainda como fonte de comunicação com os deuses. No entanto, seu caráter psicotrópico tem a colocado como causadora de diversos problemas - sociais e de saúde. O uso de drogas sintéticas causa dependência e, conforme aumenta a procura pelos fármacos, ocorre, também, a profissionalização das redes de distribuição, fatores esses que inviabilizam a resolução do problema.     Parafraseando o físico Albert Einstein, uma pessoa inteligente resolve um problema; um sábio, o previne. Fazendo um paralelo com o impasse das drogas, é notório que são poucos os investimentos para a prevenção dessa mazela social. Dessa forma, a dependência química por esses fármacos se torna uma realidade difícil de ser convertida, o que leva à busca por resoluções rápidas, como a internação compulsória. Essa medida de internação forçada, além de desrespeitar os direitos individuais do dependente, ainda os trata de maneira truculenta, o que perpetua a situação de vulnerabilidade deles. Dessa forma, torna-se evidente a necessidade de investimentos em políticas preventivas, para que não sejam necessárias medidas de resolução de impasses oriundos do uso de drogas.     Além dos falhos investimentos na prevenção, outro fator que dificulta o controle do consumo de drogas é a facilidade de compra e o vasto quadro de ofertas de produtos alucinógenos. A lei que difere o usuário do traficante é um exemplo disso; baseada na quantidade da substância apreendida e nas circunstâncias sociais do agente, a lei permite o porte de certas quantias de droga sem que haja prisão, o que cria brechas e facilita a compra e venda de substâncias ilícitas. Isso evidencia a necessidade de uma maior fiscalização e da criação de leis que não apresentem lacunas para os vendedores, a fim de diminuir a compra e posterior consumo de drogas.     Mediante os fatos expostos acima, fica evidente que medidas são necessárias para amenizar esse quadro. O Poder Judiciário deve garantir que as leis sejam eficazes no controle à venda de fármacos ilícitos, aumentando a fiscalização, de modo que não hajam brechas para a fraudação dessas leis. O governo, por sua vez, em simbiose com as escolas - em especial as públicas, localizadas em comunidades ou bairros de classe baixa -, deve implantar campanhas e projetos que visem a prevenção desse quadro, com ações e atividades extracurriculares, a fim de ocupar o tempo ocioso de jovens, afastando-os do tráfico e consumo de drogas. Dessa forma, agindo com sabedoria - segundo Einstein -, será possível alterar esse cenário e diminuir o consumo de drogas no Brasil.