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Enviada em: 26/06/2018

Como em uma narrativa Kafkiana, a sociedade contemporânea assiste perplexa aos desafios para o tratamento de dependentes químicos no Brasil. Tal conjuntura está relacionada com a ineficiência do Estado, aliado a falta de conscientização social  . Diante disso, faz-se necessário refletir e buscar soluções para a problemática.    Com efeito, é evidente a falta de investimento do Estado para o tratamento de dependentes químicos no Brasil. Como prova disso, dados ,obtidos em 2011,  pelo IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - comprovam que apenas 43% , das clinicas de reabilitação dos dependentes químicos, possuem condições dignas de funcionamento e tratamento,o restante das clinicas se encontram em estados bem precários. Tal realidade cria um problema ainda maior, afinal, os dependentes químicos, que não recebem o tratamento adequado , em grande parte,se tornam reincidentes no mundo das drogas.   Outrossim, se o Estado não cumpre o seu dever em relação aos dependentes químicos, a família e a sociedade têm sua parcela substancial de culpa.Segundo Jorge Amado, na sua obra “ Capitães de Areia “, o escritor retrata como familiares e a sociedade desprezam comportamentos, nas relações sociais, que poderiam ser corrigidos por atos de amor, atenção e educação. No contexto apresentado , a falta dessas atitudes corroboram para o tratamento dos dependentes químicos no Brasil. Isso pode ser vivenciados por constantes atos de violência e preconceito ,perpetuados pela sociedade , tornando os dependentes químicos ,cada vez mais,  marginalizados e negligenciados.      Diante de todos os argumentos supracitados,é de suma importância que o Estado,aliado ao ministério da saúde e o ministério público,invistam  na construção de centros de tratamentos de qualidade para os dependentes químicos.Ademais,a sociedade,aliada as organizações sem fins lucrativos e instituições educadoras,devem realizar palestras e campanhas midiáticas sobre a importância e desafios  no tratamento dos dependes químicos.