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Enviada em: 07/07/2018

Uma pessoa se torna dependente química quando, ao fazer consumo constante de uma substância  química, seu corpo é alterado não apenas no físico, como também no psicológico. Esse quadro, considerado crônico pela Organização Mundial de Saúde (OMS), faz com que o indivíduo tenha que lidar com o constante julgamento vindo do meio social, dificultando a sua possível recuperação.    Mesmo sendo considera uma doença crônica, a dependência química ainda é envolta de diversos tabus e preconceitos, pois, mesmo que o indivíduo esteja doente, a maioria das pessoas tendem a fazer julgamentos. Essa doença está muitas vezes ligada a imagem de fraqueza, quando na verdade está relacionada a fatores patológicos como qualquer outra doença, como a pré disposição genética do organismo à dependência, como é o caso do abuso do álcool, segundo dados da OMS. Consequentemente, aqueles que passam por esse caso clínico acabam sendo cada vez mais excluídos, quando deveriam ser acolhidos.   Além da imagem atribuída, outro fator que acarreta dificuldades no tratamento de dependentes químicos no Brasil é que, muitas vezes, há a falta de acompanhamentos acessíveis, o que distancia o foco da saúde  e o aproxima da visão de marginalização da dependência química. Segundo a Constituição Federal Brasileira de 1988, todo cidadão brasileiro tem direito a saúde, e é estabelecido como papel do Estado promover mecanismos que auxiliem as pessoas a usufruir desse direito, e não serem condenadas por conta de um caso clínico crônico.     Dessa forma, fica clara a necessidade da atuação do Ministério de Saúde para implementação de projetos, em parceria com empresas privadas, com o intuito de acolhimento e acompanhamento médico e terapêutico. Junto a isso, devem ser feitas campanhas nas redes sociais para divulgar estes projetos, fazendo com que mais brasileiros consigam ver que a dependência química não é um problema de segurança, e sim de saúde pública.