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Enviada em: 06/07/2018

De acordo com Zygmunt Bauman, filósofo e sociólogo polonês, não são as crises que mudam o mundo, e sim nossa reação à elas. Em consonância à ideia, faz-se necessária a discussão acerca da crescente problemática brasileira relacionada ao tratamento de dependentes químicos.       É tácito a falta de recursos financeiros para o integral tratamento de usuários químicos em situação de dependência no território nacional. Consoante a isto, pode-se inferir que seja consequência do alto desvio de verba a fim de custear o combate ineficiente ao tráfico de drogas, o qual é ilegal. Diante disso, é irrefutável a necessidade de que o governo mude a postura quanto ao combate à comercialização destas substâncias, legalizando-as e, com isso, redirecione recursos ao investir em clínicas de reabilitação e reinserção ao corpo social.       Outro viés a ser destacado é o obstáculo da conscientização do vício pessoal. Cerca de 80% dos usuários não reconhece a própria dependência, dificultando o acesso a tratamentos. A causa pode ser encontrada na escassa orientação das mídias sociais acerca dos sintomas da compulsividade, das formas de buscar ajuda profissional efetiva em determinadas regiões do país e de que maneira a família pode ofertar auxílio.       Mediante o elencado e retomando a citação do sociólogo polonês, é preciso mudar as estratégias, logo, a reação à problemática dos usuários de drogas. Diante desta situação é dever do Governo e, mais especificamente, da esfera Legislativa deste, a legalização com regulamentação das drogas até então ilícitas em território brasileiro. Somente dessa maneira recursos serão disponibilizados e investidos nas instituições voltadas a recuperação e reinserção. Por conseguinte, a nação não estará dentre as piores colocações nas estatísticas do consumo de droga no mundo.