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Enviada em: 06/07/2018

De acordo com o artigo 6º da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988, educação e saúde estão entre os direitos sociais que devem ser garantidos pelo poder público Federal. No Brasil, entretanto, existem direitos sociais que não são garantidos. Prova disso é o notório crescimento do número de dependentes químicos, juntamente com a precariedade dos poucos centros de reabilitação existentes no país.     A péssima qualidade das escolas públicas brasileiras afeta a educação social e se relaciona diretamente com o aumento do número dos usuários de todos tipos de drogas ilícitas, inclusive, o álcool -lícita. Um dos fatores que contribui para esse cenário é a falta de esclarecimento sobre drogas, principalmente, no que diz respeito às consequências do uso e dificuldades que um dependente químico enfrenta para se reabilitar. Concomitante a isso, existe um Sistema Único de Saúde precário que não é considerado uma solução eficaz para os dependentes que necessitam desse serviço.       Encher os cofres públicos para investir em centros de reabilitação nitidamente não parece ser o caminho mais adequado para um país em desenvolvimento. Afinal, não adianta somente reabilitar os “doentes” se a causa – novos usuários- não é combatida com veemência. Uma doença bio-psico-social provoca consequências não só para a vítima, mas também para toda a sociedade, como por exemplo : investimento financeiro do Estado. É dever do poder público assumir a responsabilidade de liderar uma discussão nacional com o intuito de coibir o crescimento de dependentes químicos.        Torna-se evidente, por tanto, que o dinheiro deve ser investido em educação para orientar a geração atual sobre o futuro, fazendo diminuir o índice de novos usuários. Por consequência, o dinheiro que seria investido em futuras clínicas terapêuticas seria direcionado à manutenção e progresso das formações dos cidadãos brasileiros. Aliado a isso, projetos e campanhas publicitárias devem ganhar o apoio do Governo Federal visando conscientizar a população para juntos ajudar aqueles que já são considerados dependentes químicos. Opções como oportunidade de emprego, meios alternativos de inclusão social e nos casos extremos acesso aos centros de reabilitação existentes, fazem parte do caminho que deve ser seguido para um futuro longe das drogas.