Materiais:
Enviada em: 29/06/2018

O Ópio - substancia entorpecente extraída da papoula, que causa dependência química em seus usuários - era transportado ilegalmente da Inglaterra para a China, nos anos de 1839, sendo precursor da Guerra do Ópio entre esses países. Em pleno século XXI, a dependência química ainda é um problema social vigente, especialmente, no Brasil, uma vez que há inúmeros desafios para o tratamento dos usuários, representando, assim, um desejo a ser enfrentado na sociedade brasileira. Dessa forma, é necessário avaliar as causas, que impedem o sucesso das medidas terapêuticas, para assim, combatê-la.     De início, cabe salientar, que o tratamento público e gratuito para maior parte dos dependentes é escasso. Sabe-se que muitas dessas pessoas são de baixa renda e não possuem meios para pagar pelo tratamento particular. Por conseguinte, recorrem ao Sistema Único de Saúde (SUS), cuja terapia é feita em leitos de acolhimento nos hospitais ou por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Todavia, de acordo com a Revista Veja, há no total, 1671 Caps no país, sendo 243 especializados em álcool e drogas. Dessa maneira, é evidente que as opções disponibilizadas pelo poder público são insuficientes para atender à demanda, que infelizmente, é crescente.     É notório ainda que o impasse a respeito da legalização das drogas pode ser também relacionado ao ineficiente processo de reabilitação dos usuários. Segundo a Revista Galileu, se a maconha fosse legalizada, o mercado de drogas movimentaria até 6 bilhões de reais, anualmente. Observa-se então, que a partir da legalização seria possível maior arrecadação de impostos, a qual seriam revertidos para custear mais opções de tratamento aos dependentes, como os consultórios de ruas e centros de convivência, além de financiar a ampliação das Caps. Logo, haveria maior verba disponível para efetivar as medidas terapêuticas.     Fica claro, portanto, que o tratamento de dependentes químicos requer ações mais efetivas para ser, de fato, eficiente na sociedade brasileira. Nesse sentido, o Governo Federal, deve promover projetos públicos de reabilitação aos usuários, por meio do Ministério da Saúde, com a ampliação das Caps e centros terapêuticos para as áreas mais suscetíveis ao consumo, implementando grupos de apoios, atividades esportivas e a contratação, também, de mais profissionais especializados, como psiquiatras e psicólogos, além de apoio financeiro e profissionalizante aos indivíduos. Espera-se, com isso, tornar mais fácil a ressocialização e os cuidados médicos ao viciado. Assim, será possível minimizar, gradativamente, a problemática.