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Enviada em: 01/07/2018

"Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se metamorfoseado num inseto monstruoso". De modo análogo à obra "A Metamorfose", de Franz Kafka, milhares de cidadãos canarinhos, por serem usuários de drogas, enxergam-se como baratas pelas ruas, seja pelas condições desumanas que enfrentam, seja pelo preconceito da população. Nesse prisma, é crucial colocarmos uma lupa sobre os desafios para os tratamentos de dependentes químicos no Brasil, mirando ações afirmativas que visem sanar os pesadelos desses indivíduos.       Em primeira instância, é imperioso nos debruçarmos sobre a realidade dos centros de tratamento da nação verde e amarela. Sob tal perspectiva, o humorista Márcio Américo - ex-usuário de crack - relatou, em redes sociais, que as clínicas de reabilitação são como peneiras, visto que a maior parte dos internados não estão lá por livre-arbítrio; e, em relação aos que sonham pela ressocialização, poucos conseguem findar o vício pelas drogas. Ademais, é válido ressaltar as errôneas decisões políticas de algumas prefeituras da terra tupiniquim, que, varrendo dependentes químicos da ruas, rasgam dinheiro público, mantendo indivíduos que, momentaneamente, não desejam frequentar núcleos de recapacitação. Logo, é fundamental a disponibilização de centros públicos de reabilitação, porém os usuários devem ser incentivados a frequentação, não coagidos.       Outrossim, é imperativo analisar minuciosamente a questão da transmissão de doenças perante as as circunstâncias que englobam o universo dos entorpecentes. Nesse viés, Roberto Cabrini, em um documentário para seu programa televisivo, revelou