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Enviada em: 13/07/2018

Segundo pesquisa realizada pela Unifesp,o Brasil atualmente se encontra em segundo lugar no ranking de países com mais dependentes químicos.Com isso,o país que tem um dos maiores impostos do mundo,em tese deveria ter um maior investimento no tratamento de seus usuários de drogas.Porém,isto não está acontecendo,pois o país enfrenta inúmeros desafios para o tratamento de seus dependentes,entre estes a falta de vagas nas clínicas de tratamento público e os tabus acerca da internação compulsória .     Trata-se de um fato que a dependência química se tornou uma epidemia no Brasil.Além disso,a comumente condição de miserabilidade dos indivíduos nesta situação os tornam dependentes do governo para qualquer tipo de ajuda.Contudo,a falta de vagas no Sistema Único de Saúde e nas comunidades terapêuticas públicas revelam a negligência do estado para com esta questão.Assim,a possibilidade de resolução deste problema se torna ainda mais distante.      Consta na Constituição Federal Brasileira de 1998,o direito à liberdade mas em especial o direito a dignidade da pessoa humana.Com isso,o ato de internar um drogado forçadamente infringe um artigo da Constituição na tentativa de proteger outro.Haja vista,que o tratamento de dependentes químicos no Brasil é um caso de saúde pública,o estado deve fornecer os mecanismos para que lugares como a Cracolândia sejam desfeitos.Sendo assim,como o dependente não tem controle sobre sua vida e muito menos sobre as suas atitudes,visto que vive em função de seu vício,o governo deve intervir e levá-lo ao tratamento mesmo que compulsoriamente.      Desse modo,os desafios para o tratamento de dependentes químicos no Brasil requerem medidas mais efetivas para serem erradicados em nosso país.Nesse sentido,o Governo Brasileiro deve ampliar o número de clínicas e comunidades terapêuticas públicas e que estas estejam preparadas para internações involuntárias,por meio de profissionais bem capacitados e acompanhamento individual com psicólogos.Espera-se,com isso,que o indivíduo possa ser devolvido para a sociedade com a sua dignidade restabelecida e com um novo projeto de vida.