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Enviada em: 18/07/2018

Doentes estruturais Desde o surgimento do Iluminismo, entende-se que a sociedade só progride quando um ser se solidariza com a causa do outro. Entretanto, ao observarmos os desafios para o tratamento de dependentes tóxicos no Brasil, verifica-se que tais ideais iluministas não são constatados na prática, seja pela falta de assistência oferecida pelo governo a essa parcela da população ou pela marginalização dos usuários perante a sociedade.   Primeiramente, é importante ressaltar que as principais causas que levam doentes químicos a recorrerem às drogas ilícitas são as péssimas condições de moradia, lazer e sobrevivência em que se encontram; Tendo a maioria origem nas periferias de baixa renda do país. Segundo o filósofo Platão, o importante não é viver, mas viver bem, logo não é de espantar-se que civis em situações precárias de existência prefiram a felicidade ilusória à realidade cruel.   Ademais a isto, há a abundante falta de informação e antipatia da população frente aos dependentes. Drogas como nicotina e álcool, lícitas e altamente nocivas a saúde, são facilmente aceitas e difundidas pela população que marginaliza e condena os usuários das ilícitas sem atentar-se que os mesmos são doentes causados pela estrutura da sociedade.    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Estabelecer, através do Ministério da educação, aulas obrigatórias de Biologia e Sociologia, na grade comum curricular, que abordem as diferenças de drogas lícitas e ilícitas e suas consequências vitais é imperioso para resolver este quadro, mas não o suficiente. É preciso que os governos federais e estaduais atuem diretamente nos centros de maior índice de usuários, levando empregos, saúde e educação para essa parcela da população que vive as margens da sociedade. Só assim, através da educação e construção da empatia, veremos o ideal iluminista realmente posto em prática nos dias atuais.