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Enviada em: 23/07/2018

Muito se discute acerca dos dependentes químicos na sociedade brasileira, sobretudo em relação aos desafios para o tratamento desses cidadãos. Nesse contexto, o quadro torna-se mais agravante devido aos aspectos secundários envolvendo os usuários de drogas tais como a influência do tráfico, a situação socioeconômica da família e o tabu em se debater sobre a liberalização das drogas. Faz-se necessário, portanto, que o Governo Federal, em coparticipação com a população, desenvolva um projeto socioeducativo que tenha como objetivo a recuperação, física e psicológica, das pessoas que padecem com a dependência química no Brasil.      No que se refere à temática em questão, pode-se destacar o tráfico de drogas como um dos fatores que têm influenciado nos índices elevados de consumidores de drogas na população brasileira. Consoante a isso, a proibição da utilização de drogas, fomentada como meio para inibir o consumo de narcóticos, têm se mostrado ineficaz e, talvez, o único beneficiário desse processo seja o traficante de drogas. Nesse cenário, os Estados Unidos, em meados de 1920, proibiu o consumo de bebidas alcoólicas em seu território, porém o resultado foi o aumento do número de consumidores de álcool e a consagração de Al Capone, um dos mais famosos traficantes da história. Contanto, fica evidente que a proibição do consumo de drogas não diminui o número de usuários.    Ademais, a Organização das Nações Unidas(ONU) pontuou que aproximadamente trinta por cento dos presos estão encarcerados por causa do seu envolvimento com drogas. Portanto, a problemática das drogas refere-se à um assunto que envolve a sociedade como um todo, pois a afeta em vários segmentos, além do citado pela ONU, tais como violência doméstica, homicídio, furto e entre outros. Porém, a população, e até mesmo a família, não possuem a orientação adequada para ajudar os dependentes químicos e, muitas vezes, tem atrapalhado o processo de recuperação ao isolá-los do convívio familiar e marginalizá-los da sociedade brasileira.     Diante dos argumentos supracitados, torna-se fundamental que o Governo Federal, em parceria com a sociedade, desenvolva um projeto de reabilitação de dependentes químicos. Nesse projeto, o Governo Federal deve elaborar uma lei de liberação gradativa das drogas, ou seja, os usuários comprariam os entorpecentes em locais autorizados e receberiam um folheto instrutivo sobre os males provocados pelas drogas. Com isso, espera-se que os crimes envolvendo usuários de drogas diminua e os ajude no processo de reabilitação. Além disso, é imprescindível que o Ministério da Saúde formule um campanha publicitária sobre a importância de acolher os usuários de drogas. Dessarte, ao se sentiram socializados aumentam-se as chances da eficácia do tratamento dos dependentes químicos.