Enviada em: 02/08/2018

Ao observar a adversidade para a recuperação de dependentes químicos no Brasil, é inquietante que essa problemática tende a crescer assustadoramente. Trata-se aqui de uma doença que é biopsicossocial, ou seja, uma doença que provoca disfunções orgânicas, psicológicas e tem também consequências sociais para aquele que contrai a dependência. De acordo com esse quadro, torna-se necessário evidenciar que esse problema é agravado pela falta de tratamento específico e por ausência de força de vontade do enfermo.        Ao se analisar o sistema de reabilitação para esses, verifica-se que esse processo não é efetivo como deveria ser, segundo pesquisas realizadas pelo Datafolha. Nota-se, que uma das principais falhas é a falta de individualismo no tratamento, cada dependente tem seu próprio jeito de reagir, o filosofo Sartre já afirmava "Cada homem deve descobrir o seu próprio caminho". Tendo isso em conta, realizar um procedimento para várias pessoas sem levar em conta a diferenciação de cada, não será eficaz como realizar processos distintos para cada paciente.       Uma segunda situação traz à tona as inúmeras tentativas de tratamento desse, porém, sem sucesso. Por não ter a vontade de ser tratado, não acreditar que isso é o melhor para si nesse momento e não ter força para lutar contra isso, muitas vezes esses são abandonados pela família, e ficam a míngua. Tornando isso mais um empecilho para lutar contra essa doença. O tratamento se torna eficaz, quando há força de vontade de querer sair dessa vida e ir para uma vida melhor.        Diante desse contexto, o desafio de tratamento para dependentes químicos, revela que medidas devem ser tomadas. Caso contrário, possivelmente teremos cada vez mais pacientes acometidos por esse mal. Contudo, com o devido investimento, propiciado pelo Ministério da Saúde, isso pode ser consertado. Como, por exemplo, inserir um programa de tratamentos especializados, na qual o indivíduo e analisado culturalmente e fisicamente e depois levado para o melhor tratamento.