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Enviada em: 29/07/2018

A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu em 26 de junho o Dia Mundial do combate às drogas, na qual busca ressaltar os efeitos da droga e a importância de buscar auxílio. Embora essa problemática tenha alcançado maior visibilidade, os dependentes químicos ainda encontram empasses para seu tratamento, o que torna um caso de saúde pública que carece de soluções.      Em um primeiro plano, destaca-se a ineficaz estrutura das clínicas de reabilitação. Sabe-se a importância de um tratamento específico para cada usuário, se ajustando às suas necessidades; entretanto, o que se observa no Brasil são centros de apoio focadas na recuperação generalizada, sem apresentar ajuda médica individual. Desse modo, faz-se necessário a presença do Estado para garantir a otimização.    Ademais, convém ressaltar que um tratamento improdutivo resulta na reincidência. Segundo o Ministério Público, cerca de 90% dos indivíduos, após a internação, tem recaída e volta a fazer o uso das substâncias. Esse impasse se torna ainda mais evidente quando trata-se da internação involuntária ou compulsória, na qual não há consentimento por parte do usuário, tendo seu tratamento obrigatório e logo após não sustentando a abstinência. Logo, o amparo de famílias e amigos no processo pós internação é fundamental para que não haja regresso.       É evidente, portanto, que há dificuldades para que os dependentes químicos possam ter uma recuperação e uma reinserção social. Dessa maneiro, cabe ao Ministério da Saúde, junto ao Governo Federal, realizar o aperfeiçoamento de clínicas de reabilitação e hospitais com a atualização do Estatuto para Dependentes Químicos através de uma série de regras que respeitem a situação individual de cada usuário, visando o tratamento aprofundado. Assim, pode-se recriar um cenário de ressocialização.