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Enviada em: 12/08/2018

Desde a segunda metade do século XIX, com a segunda geração romântica, o vício em drogas tem sido um mal presente nas sociedades contemporâneas, tendo como uma de suas causas a depressão. Faz-se necessário aferir, contudo, até que ponto tão somente ela é responsável, haja vista que a ineficiência estatal, também, contribui para esse fenômeno.  Mormente, importa destacar que o sentimento depressivo tornou-se característica, quase que definidora, do homem atual. Para pensadores filosóficos, como Zygmunt Bauman, esse fato pode ser ligado à liquidez das relações humanas, que sem o devido significado implica complicações psicológicas. Nesse sentido, substâncias tóxicas, a exemplo de álcool e drogas, são vistas, por parte considerável desses indivíduos, como um refúgio, catalisando, assim, o número de dependentes químicos em todo o mundo.   Outrossim, é sabido que o Governo Brasileiro, na qualidade de principal garantidor de direitos coletivos e individuais, deve auxiliar a população em suas dificuldades fisiológicas, conforme exposto em sua Constituição. Entretanto, a quase ausente presença de serviços públicos capazes de amparar dependentes químicos põem em xeque a validação da lei maior de um país, bem como a eficácia de seus governantes. Logo, o deletério comportamento do Estatal funciona como principal impulsionador, quando, este, em tese e lei, deveria ser o seu inibidor, como propõe a Organização Mundial da Saúde.   Fica evidente, portanto, a existência de complicadores no que diz respeito as facilidades de tratamento aos dependentes químicos e, junto com eles, a necessidade em se tratar tal dificuldade. Destarte, cabe às instituições públicas, como o Ministério da Saúde, promover atendimentos gratuitos de dosagens de drogas, consultas especializadas e internação aos necessitados, como  o fomentado pelo Governo Canadense. Assim, tais medidas têm por sua principal finalidade, amparar os dependentes de maneira amistosa, a fim de se evitar o "mal dos séculos".