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Enviada em: 02/08/2018

Os desafios para o tratamento de dependentes químicos no Brasil são resultados de uma política ineficiente do Estado que trata o toxicodependente como problema de segurança e não de saúde pública. Ademais, os indivíduos que passam pelo tratamento para perder a dependência sofrem com a exclusão social, cuja origem advém do estereótipo de que o ex-dependente ainda é um perigo para sociedade.  É indubitável que a violência no Brasil está ligada ao tráfico de drogas, pois os órgãos de segurança agem de maneira falha ao igualar a periculosidade de grandes traficantes a de viciados em bioquímicos.Sendo assim, o uso de narcóticos tende a aumentar, já que o Estado age sobre as consequências e coloca a profilaxia em segundo plano.Logo, em um sistema capitalista, cujo muitos sofrem com danos psicológicos, a droga surge como refúgio e a falta de profissionais capacitados na rede pública de saúde inviabiliza o combate a drogadição.  Outro fator que corrobora para tais dificuldades é a falta de um atendimento imediato ao indivíduo em estado de drogadição que deseja o internamento voluntário.Portanto, o toxicodependente encontra-se vulnerável, pois fica à mercê de um ingresso incerto a uma clínica especializada e aos métodos ultrapassados que são praticados por algumas, como a ingestão de diversos fármacos. Todavia, a internação compulsória deve ser considera, claro, em casos que o indivíduo ofereça alto risco perante a sociedade e esteja com as atividades cognitivas em desordem.  Com base nas premissas supracitadas cabe ao Ministério da Saúde melhorar a logística para internações voluntárias criando centrais de atendimento 24 horas e aumentando a gama de recintos públicos especializados visando atender o solicitante antes de uma possível crise de abstinência ou recaída. Não obstante, este mesmo órgão estatal deve flexibilizar as possibilidades de tratamento por intermédio de organizações não governamentais que não usam fármacos, mas atividades como a arte, possibilitando uma posterior reinserção social do cidadão.