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Enviada em: 01/08/2018

É possível afirmar que, tornar-se um dependente químico é um processo rápido. Contudo, fazer o caminho contrário é difícil, especialmente quando se depende do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse tipo de comportamento é preocupante, visto que, existem poucas vagas em locais especializados, como também, o fato do tratamento ser prolongado. Logo, medidas devem ser tomadas para solucionar o problema.             Atualmente, o SUS dispõe de 8.800 leitos em hospitais psiquiátricos sendo insuficiente para o atendimento da demanda, haja vista que estima-se a população de usuários de crack em cerca de 600.000. Por outro lado, nos últimos anos, muitos hospitais psiquiátricos foram fechados sobre a alegação de que funcionavam como manicômios, agravando a deficiência no setor. Um exemplo de programa público voltado a essa área é o CAPS-AD, especializado em álcool e drogas, porém com poucas unidades no país, sendo um serviço ainda pouco conhecido pela população.           Quanto a durabilidade do tratamento, a dependência é considerada como doença crônica, sendo a desintoxicação a primeira fase, seguida pelo diagnóstico de fatores que levam a dependência e, finalmente, o acompanhamento com medicação associado a consultas periódicas. Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de sucesso é de 25 a 30%, devido a vários fatores. Soma-se a isso, o quadro deficiente de profissionais de saúde, carência de especialização para abordagem adequada dos usuários de drogas e recursos financeiros limitados para as ações.                  Portanto, bom seria que o assunto fosse mais amplamente discutido pelo Governo, haja vista a necessidade com alocação de mais recursos financeiros para abertura de vagas. Assim, faz-se necessário a construção de novos hospitais psiquiátricos, novas unidades do CAPS-AD ou a contratação junto à iniciativa privada, visando à ampliação do tratamento dos usuários de entorpecentes no Brasil.