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Enviada em: 07/08/2018

A partir do século XVIII a utilização de substâncias psicoativas passou a ser considerada como um problema social e de saúde. Nesse viés, é incontrovertível que dependentes químicos são afetados significativamente por essas drogas e que necessitam de assistência para livrar-se dessa situação. Como solução, no Brasil, há as clínicas de reabilitação, porém sua função não é totalmente efetiva devido a questões governamentais e sociais.       As ausências de clínicas gratuitas adequadas representam um grande desafio ao tratamento de pessoas viciadas em drogas. De acordo com o Levantamento Nacional da Família dos Dependentes Químicos: 58% dos casos de internação são pagos e 6,5% são pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, a recusa em escolher clínicas gratuitas para o tratamento decorre do precário atendimento oferecido por eles e a baixa porcentagem é consequência também dos poucos postos presentes.       O problema da dependência química não é individual, ele está relacionado ao ambiente social e, muitas vezes, de um ambiente familiar. Segundo Aristóteles, o homem é um ser social e a vida em sociedade é essencial para a sua realização pessoal. Nesse sentido, a sociedade e a família têm um papel fundamental na reabilitação do paciente, porém muitas pessoas agem de forma excludente em relação aos dependentes químicos por pensarem que o vício as drogas é uma escolha e não uma doença.       Pode-se perceber, portanto, que os fatores expostos são um desafio para o tratamento de dependentes químicos. Para solucionar isso, primeiramente, o Ministério da Saúde, por meio de verbas aos estados, deve criar mais clínicas de recuperação e investir melhor nas existentes, a fim de que as pessoas, principalmente de baixa renda, possam receber uma reabilitação apropriada. Ademais, o Ministério da Educação juntamente com o SUS precisam, por meio de palestras, da mídia e conversas em família, oferecer psicólogos, capacitados no assunto, que expliquem e ensine a sociedade à forma de como ajudar e agir em relação aos usuários de substâncias ilícitas, com o propósito de que a reabilitação deles seja feita de forma coletiva. Desse modo, tal problemática será gradativamente eliminada do país.