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Enviada em: 16/08/2018

Tratamento degenerativo  Diante da perspectiva do filósofo frânces, Jean Baudrillard, a conformidade com as determinações exteriores transformam o cenário social em um corpo inerte e imóvel.Essa concepção é o retrato do Brasil hodierno, visto que, a inação do governo na desvalorização da pesquisa científica, bem como, da mídia na falta de divulgação de uma imagem realista do viciado, causa a atrofia do cenário problemático do tratamento dos dependentes químicos.Dessa forma, torna-se evidente discutir a carência de uma estrutura mais dinâmica para a resolução dessa questão.  Convém ressaltar, de início, o descaso do Estado com a busca de estudos referente ao tratamento do dependente.No panorama atual, há muito pouco investimento monetário e motivacional para a pesquisa científica, principalmente, no que tange a falta de materiais básicos nos laboratórios e de divulgação da importância desse estudo para o corpo social.Assim, a descoberta de novos medicamentos, quanto de diferentes tipos de terapias fica retida, o que ocasiona um tratamento ultrapassado para as variadas drogas químicas atuais e dependente exclusivamente de estudos internacionais, o que pode torna-lo mais caro e de demorada ação prática no país.  Outro ponto relevante, nessa tônica, é a construção de uma imagem deturpada do viciado na mídia.Luis Buñuel é um cineasta surrealista que usa de imagens fantasiosas para representar uma crítica social real.Todavia, essa função do ficcional refletir a realidade não é vista na questão do dependente, isso porque é criado na mídia uma imagem pejorativa e extrema do viciado químico que não propicia uma identificação dos indivíduos que estão no começo desse caminho sem volta.A máxima "só uso socialmente" pode já esconder um perigoso vício em crescimento vertiginoso.Sob esse viés, inumeras pessoas só buscam tratamento quando a compulsão já está de difícil solução ou com complicações de saúde já muito profundas. Fica nítido, portanto, que de acordo com a lógica de Jean Baudrillard é vital uma postura mais ativa das instituições governamentais e midiáticas para mudança desse cenário.Nesse prisma, é fundamental que o Ministério da Saúde dedique um maior investimento no equipamento de laboratórios com materiais de alta tecnologia, assim como a difusão da relevância da pesquisa científica com palestras nas universidades, para que o tratamento seja mais eficaz e atual.Bem como, a mídia televisiva unido à ONGs relacionadas ao combate de drogas promovam ficções engajadas, como novelas, que mostrem o risco que o vício ocultado traz, para que a procura de ajuda seja mais cedo.Com esses atos, espera-se poder-se-á visar a dilatação de um tratamento, de fato, regenerativo.