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Enviada em: 10/08/2018

O uso indiscriminado de drogas é um grave problema de saúde pública que afeta diversas famílias no Brasil. Esse cenário acarreta em altos custos financeiros para o Governo Federal na implantação e manutenção de tratamento aos usuários de entorpecentes, haja visto que a recidiva é elevada. Logo, buscar meios para o tratamento eficaz dos dependentes químicos é um desafio no país.       Primeiro, é necessário destacar que o número de pessoas que fazem uso de drogas ilícitas no Brasil é extremamente preocupante. Segundo dados do Governo Federal obtidos em 2012, mais de dois milhões de brasileiros são usuários de drogas. Isso incorre em 28 milhões de cidadãos que possuem em sua família ou círculo social algum dependente químico. Como consequência disso, o Sistema Único de Saúde (SUS), segundo dados do Governo Federal, gastou em 2014 mais de 950 milhões de reais com o tratamento e prevenção do uso de drogas no país.      Além disso, é importante ressaltar que o número de dependentes químicos que reincidem no uso de drogas é alarmante. De acordo com dados apresentados pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, quase 90% dos jovens viciados em crack que são internados para tratamento pelo SUS voltam a usar drogas até 3 meses após alta. O estudo também constatou que mais de 40% dos usuários de drogas precisaram de até 5 internações para obter sucesso no tratamento. Isso constata a ineficácia do tratamento adotado e a gravidade desse problema.         Portanto, é fato que o tratamento de dependentes químicos no Brasil é um desafio. Diante disso, cabe ao Governo Federal, por meio das Universidades e Ministério da Saúde, investir em pesquisas visando aprimorar o tratamento aos dependentes químicos, que deve ser feito através de uma equipe multiprofissional, com diversos profissionais da área da saúde. É necessário também que o dependente químico ao fim do seu tratamento continue recebendo assistência psicológica para evitar que tenha recaídas no uso de entorpecentes.