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Enviada em: 11/08/2018

A série da Netflix intitulada Breaking Bad retrata uma realidade bem comum no Brasil que é a fuga para o mundo das drogas para solucionar problemas pessoais ou financeiros. Porém, o fato é que o consumo exacerbado tornou-se uma questão de saúde pública à medida que o usuário não aceita ser ajudado e as políticas de inserção social são ineficazes.        Em primeira análise, quando o filósofo grego Aristóteles afirma que um bom começo é a metade de tudo, ele ratifica a ideia de que o primeiro passo para tratar os dependentes químicos é os próprios terem a iniciativa de buscar ajuda. Do contrário, se o indivíduo é forçado a ser tratado, o resultado não é satisfatório, visto que a esmagadora maioria retorna para o mesmo cenário de consumo.        Segundamente, ao afirmar que ''o ser humano é aquilo que a educação faz dele'', o filósofo Immanuel Kant reforça a importância da escola na construção humana. Logo, a ausência de oportunidades no ensino superior e o não acesso a uma formação básica de qualidade suprime as perspectivas de futuro dos dependentes químicos, visto que, sem isso, a inserção social é dificultada e o antigo usuário retorna ao mundo das drogas como fuga da própria realidade.       Em suma, o consumo de narcóticos ilícitos é alto e a saúde humana entra em risco nesse cenário em que o tratamento é a melhor opção. Logo, cabe ao Ministério da Saúde designar profissionais para visitar os usuários e suas famílias, incentivando o cuidado com a saúde e levando-os a conhecer as clínicas de reabilitação, a fim de convencê-los de sua importância. Além disso, o Ministério da Educação deve criar vagas e oportunidades para dependentes químicos terem acesso a uma educação de qualidade, a fim de inserí-los na sociedade e oferecer-lhes um futuro melhor.