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Enviada em: 11/08/2018

É comum no Brasil a produção de comerciais que incitam o consumo de bebidas alcoólicas como forma de garantir a diversão e a felicidade das pessoas. Mas esse ideal, intrínseco na sociedade contemporânea, acarreta na dependência química de milhares de pessoas. A situação é, então, agravada pelo preconceito sofrido pelos doentes e pela falta de investimentos em saúde e tratamentos.     Dessa forma, dependentes químicos são vistos como marginais ou como " bando de vagabundos", e não como pessoas doentes. Exemplo disso foi a expulsão de vários usuários de drogas da região da cracolândia, em São Paulo, sem nenhuma assistência a eles, que são vistos como delinquentes. Assim, a discriminação sofrida por essas pessoas resulta em sua segregação social, na falta de ajuda e na permanência do problema.    Ademais, a carência de investimentos públicos na saúde também é relevante, tendo em vista que o Brasil apresentava casos de peste bubônica muito tempo após a Idade Média, quando ocorreu a epidemia dessa doença. Então, os tratamentos tornam-se limitados diante de tantos recursos necessários, como a ajuda psicológica, financeira, além do fornecimento de medicamentos e apoio para a reinserção social. Isso acarreta na completa falta de amparo para muitas pessoas e suas famílias, e novamente, na continuidade do problema.    São necessários, portanto, investimentos na saúde e na humanização das relações sociais com os doentes. Logo, o Ministério da Saúde deve aplicar os fundos arrecadados dos impostos no fornecimento de  recursos especializados na terapia para dependentes, como profissionais, além de apoio às famílias dos doentes. Além disso, o Ministério de Desenvolvimento Social, em parceria com ONGs, deve fornecer palestras para a socialização das relações com os usuários de substância químicas. Só assim as pessoas terão acesso igualitário à qualidade de vida e estarão exercendo sua cidadania.