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Enviada em: 29/08/2018

O número de dependentes químicos no Brasil é uma realidade que vem crescendo consideravelmente a cada ano. Realidade essa visível para toda a sociedade que, inclusive, tem cobrado uma posição do governo visando o tratamento desses indivíduos. Dependência química é uma condição física e psicológica tendo como causa o consumo constante de substâncias psicoativas. É considerada uma doença crônica e de difícil tratamento por apresentar um alto índice de reincidência. Em geral, são necessárias a observação de alguns princípios no que se refere ao tratamento de dependentes químicos: ser personalizado; de fácil acesso; atender a todas as necessidades do paciente; permanência pelo tempo adequado; desintoxicação; terapia com medicação e, ainda, levar em conta que é um tratamento longo, com recaídas onde o paciente pode necessitar de várias internações. Internações essas que, segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame,  é recomendado um tempo médio de quatro meses e não devem ultrapassar os doze meses. Para este fim, temos o auxílio do SUS - Sistema Único de Saúde, e das comunidades terapêuticas, muitas dessas financiadas pelo governo. No Brasil, são oferecidos poucos leitos e isso nos leva a conclusão óbvia de que falta investimento. E isso é urgente porque a dependência química está aumentando e o esforço do governo não está acompanhando a demanda. Existe investimento, mas é insuficiente. A consequência disso tudo é um elevado índice de mortes que poderiam ser evitadas caso houvessem intervenções adequadas. Um terço dessas mortes tem a overdose como causa. Sem esquecer de mencionar que,  nas prisões, também existem dependentes químicos em grande número, sendo eles ainda vulneráveis às doenças infecciosas.   O direito ao tratamento em nosso país, merece muita atenção pois o indivíduo que dele necessita deve receber orientação e apoio de forma que garanta a sua integridade, um direito fundamental da nossa Constituição.