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Enviada em: 25/08/2018

Em nossa sociedade contemporânea, a dependência química é conceituada cientificamente como um transtorno mental que apresenta um grupo de sinais e sintomas decorrentes do uso de drogas. No Brasil ela se tornou um problema social, cultural, financeiro e principalmente de Saúde Pública, já que causa sérios danos a saúde e interfere nas relações familiares e sociais do envolvido.      O consumo descontrolado e a facilidade na aquisição de produtos proibidos por lei; colaboraram intensamente para o aumento de dependentes químicos, cujo  tratamento  tornou-se um desafio mundial que deve ser alcançado. Consequentemente, muitos dependentes que buscam se tratar enfrentam muitas dificuldades  e desistem, já que não têm o apoio familiar nem políticas públicas voltadas para esta questão, o que contribui para  que não consigam por muito tempo, a abstinência.       O Brasil também enfrenta esta problemática como um desafio, que se agravou a partir de 2006, quando foi implantada a Lei de Drogas. Esta  lei distingue o Usuário do Traficante, os quais apresentam critérios jurídicos diferentes, que são analisados  com interpretações distintas. Outro fator responsável pela intensificação, é o tráfico crescente que facilitou o acesso aos entorpecentes e atingiu principalmente os jovens, que agora  fazem parte da faixa etária mais afetada pelo abuso de drogas.        Para combater essa dependência, é preciso que o paciente esteja em constante tratamento, o qual tem o objetivo de auxiliá-lo a combater o vício. Porém, não há comunidades terapêuticas e propriedades privadas suficientes e com estruturas para a internação de dependentes. Já as existentes, geralmente não são capazes de acolher a alta demanda pois estão sobrecarregadas. Ademais, pode-se citar o custo altíssimo da internação em clínicas particulares.    Logo, para diminuir o número de dependentes químicos, é necessário que investimentos governamentais em políticas públicas  voltadas para os usuários de dependência química sejam realizados com urgência  pelo Congresso Nacional em nosso País, pois quando analisa-se a maioria dos Países que conseguiram diminuir este problema (como a Alemanha, Amsterdã e a Holanda) e não saná-lo, colocaram em prática projetos audaciosos.       Além disso, deve ser feita  a expansão de clínicas e locais específicos públicos e particulares subsidiadas pelos Governos Municipais, Estaduais e Federais, para tratamentos e prevenção. Outra opção é a implantação de Programas Específicos nas Escolas como componente curricular obrigatório, onde o aluno seja conscientizado e passe a conhecer cientificamente os danos causados pelas drogas. Também é preciso que o Poder Legislativo, modifique a Lei de Drogas, para que seja mais justa e precisa para ambos os lados. Assim, será possível concluir esse desafio.