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Enviada em: 03/09/2018

No livro 'Iracema', de José de Alencar, expõe a bebida fornecedora de sonhos à Martim, a 'taça do agreste'.Entretanto, o enaltecimento da obra romântica ligado a bebidas entorpecentes, opõe-se ao atual cenário, uma vez que o tratamento de dependentes químicos enfrenta desafios, ora pela cultura arraigada, ora pela inapetência estadual.Dessa forma, é substancial medidas sociais e executivas posto que a saúde é um direito inalienável perante a Carta Magna de 1988.       Nessa perspectiva, a ideologia da maioria influencia na temática.A teoria de Nietzsche, Moral do Rebanho, destaca a predisposição humana a propagar a cultura diante a reduzida conscientização sobre o ideário, é análoga ao contexto atual, posto que há a concepção do consumo de produtos químicos pela Mídia como fator de socialização, o qual é naturalizado pelo meio.Como efeito, o tratamento a doenças químicas é dificultado, sobretudo pela não percepção da gravidade, como observado pela OMS, na qual ressalta que deverá reduzir de forma lenta o uso de tabaco em 22% até 2025 no Brasil, ato reconhecido na década de 90 como 'status' social.Logo, o retrocesso social é evidente diante o viés naturalizado.       Outrossim, há a inapetência estadual perante a questão de saúde pública.Na Declaração Universal dos Direitos Humanos, no Artigo 25º, reconhece como direito a todo cidadão o atendimento na área da saúde com qualidade e sem morosidade, no entanto, o real é oposto ao litúrgico uma vez que os centros de apoio aos dependentes se perpetuam mitigados, sobretudo pelo escasso apoio estadual, como visualizado pelo Governo Federal que, no ano de 2017, lançou um edital com verbas destinadas a atender 20 mil pessoas por ano, quantidade ineficiente diante o crescimento de usuários de produtos entorpecentes no Brasil. Por conseguinte, projetos como Caps AD Estadual, não oferece o tratamento pleno e direcionado á família do cidadão, torna-se facilitada a recaída e retardamento da cura. Deste modo, os direitos do cidadão em segundo plano, depreende a ineficácia de medidas públicas.       Lidar com tal problemática, requer portanto, um cenário consciente sobre os desafios nos métodos auxiliares de dependentes químicos.Em primeiro plano, a Mídia deverá expor as consequências do uso de produtos químicos e as formas de tratamento, como o A.A. e N.A., por meio de propagandas conscientizadoras em horário nobre de canais abertos de TV e páginas da Internet, com o objetivo de reduzir o consumo e estimular o tratamento voluntário ao dependente aliado á familia do cidadão.Paralelo a essa medida, o Estado, deverá expandir os centros de atendimento aos usuários, por meio da designação de verbas ao Ministério da Saúde e distribuí-las aos Governadores Estaduais, a fim de reduzir a morosidade do sistema e garantir a saúde plena ao cidadão.