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Enviada em: 05/09/2018

A dependência química no Brasil vem aumentando consideravelmente, tendo em vista vários efeitos que contribuem para um maior acesso às drogas ilícitas. Os problemas sociais, de infraestrutura, de desemprego e até o próprio saneamento básico acabam por proporcionar que crianças e jovens menos favorecidos financeiramente tenham um contato mais freqüente com as substâncias químicas, visto que está tudo naturalmente ligado a punibilidade. Em contrapartida, o estado não proporciona recursos para que esses problemas sejam combatidos; os investimentos governamentais que se referem ao abuso de substâncias químicas estão focados na punição como solução, tomando como base social o conceito de “guerra às drogas”.         A constante falta de tratamentos qualificados que permitam recuperar o usuário de drogas torna tudo mais complicado. É evidente o quanto se é necessário uma atenção maior do estado e da população em relação aos dependentes químicos, que necessitam desta união para encontrarem caminhos mais fáceis do que a punição.        É notório o quanto existem idéias antagônicas na sociedade; pessoas que acreditam que a descriminalização das drogas seria o ideal, porém países vizinhos ao Brasil, como o Uruguai, agiram de tal maneira, causando o aumento precoce da violência e não trazendo grandes melhorias para o território; pessoas que acreditam ser um caso relacionado à saúde pública, necessitam ser tratadas e não apenas utilizar a repressão as drogas. O estado precisa se envolver de maneira que leve isso até os diferentes campos sociais, como as escolas, postos de saúde, etc. A utilização de campanhas seria um bom princípio.        A favelização, a criminalidade e a falta de orientação educacional são as primeiras “portas de entrada” para o mundo da dependência química, desta maneira precisamos compreender que todo tratamento deve ser de fácil acesso e que não é específico para todo tipo de paciente, depende da maneira como essa relação de dependência é abordada em seu estrato social. É importante que com o apoio da população, das igrejas e do estado disponibilizem equipes multidisciplinares para o acompanhamento cotidiano dos pacientes. O AA (Alcoólicos Anônimos), psicólogos, psiquiatras, clínicas de reabilitações são as formas mais comuns de tratamento para dependentes químicos, entretanto novas propostas como trabalhos comunitários, arteterapia, aulas de música possibilitam uma melhor reabilitação vocacional distanciando o pensamento das drogas. Portanto, o Governo deve, por meio de programas assistenciais, destinar mais verbas para a área de saúde dos dependentes, a fim de que haja a construção e manutenção de centros de tratamento em todos os polos regionais do país.