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Enviada em: 08/09/2018

A dependência química é um transtorno, uma doença crônica causada pelo uso constante de drogas psicoativas, tais como maconha, cocaína e seus derivados (e, ainda, o álcool). O portador dessa doença não consegue resistir ao vício, abusando de substâncias ilícitas que causam dano ao seu corpo, especialmente ao sistema nervoso. Uma vez que a pessoa se torna um dependente, ela tende a consumir a droga cada vez mais, aumentando a dependência e arruinando seus relacionamentos sociais. Um grande obstáculo para acabar com a dependência é o desconforto causado pela abstinência, em que o corpo pede pela droga, sendo extremamente difícil resistir.    O melhor a se fazer, em caso de dependência química, é procurar por ajuda. O tratamento varia de acordo com a droga e o grau de dependência. Existem centros de tratamento com especialistas - médicos e psiquiatras - que auxiliam na recuperação, orientando, promovendo outras ocupações e atividades e ajudando o paciente a reorganizar a sua vida. O paciente precisa de atendimento psiquiátrico constante, e também de muita foça de vontade para resistir às drogas e evitar a recaída. É muito comum o paciente ir mais de uma vez para uma clínica de reabilitação, pois assim que é liberado a sua vida antiga volta a ter a liberdade de antes e o contato com as mesmas situações e mesmas pessoas que ajudaram a dar início ao vício.    No Brasil, para o tratamento da dependência química, temos as Caps (Centros de Atenção Psicossocial), que também atendem pessoas com transtornos mentais, e as Caps AD, especializadas para o atendimento de viciados em álcool e drogas. Há mais de 2,4 mil Caps no país, no entanto, em 2017, nos últimos três meses, 385 (15,6%) de todos os Caps não registraram qualquer tipo de atendimento. Uma das explicações para isso é que algumas pessoas ainda tem um certo preconceito com esse tipo de instituição, associando a dependência química a fraqueza, a falta de autocontrole.   Criadas no final do século XX, a maioria dos Caps não funciona 24 horas, muitas ainda contam com poucos profissionais e não são remuneradas corretamente.   Portanto, para melhorar a situação e garantir um tratamento mais eficaz para os dependentes químicos, são necessários mais profissionais qualificados que saibam tratar dessa doença. Também é necessária uma mudança na visão das pessoas, que devem começar a tratar a dependência química como doença, dar seriedade ao assunto e insistir no tratamento, o que pode ser realizado através de campanhas publicitárias. As Caps necessitam de uma maior fiscalização, para garantir que todos os recursos para o tratamento sejam fornecidos. É necessário também remoer as raízes do problema, com medidas para combater o consumo e o tráfico de drogas e a desigualdade social que leva a isso.