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Enviada em: 02/10/2018

Durkheim percebe a sociedade como um organismo vivo. Tal como a febre é um indicativo de que o corpo não está bem, os desafios para o tratamento aos dependentes químicos são reveladores de como a sociedade brasileira está. Nesse âmbito, analisa-se que essa problemática é sustentada, sobretudo, pela insuficiência nas políticas públicas e na precária busca por cuidados médicos.       Primeiramente, os investimentos em políticas de proibição às drogas mostram-se ineficazes devido à grande facilidade de acesso a tais substâncias. Entretanto, manter esse tipo de política acarreta na insuficiência de verbas destinadas à esfera do tratamento, reabilitação e reinserção social do dependente químico.       Outro aspecto decisivo nesse cenário importante encontra-se na falta de acesso facilitado à assistência de saúde, como isso os drogaditos enfrentam obstáculos para minimizar o problema. Devido a escassez de postos de atendimentos contínuos em áreas de maior consumo de drogas, a falta de equipes multidisciplinares que possam receber esses dependentes, visto que, o momento em que eles decidem buscar "ajuda" é ínfimo.       Para que se reverta, portanto, esse cenário preocupante, observa-se a necessidade de medidas que mitiguem os desafios do tratamento de dependentes químicos no Brasil. O Governo deve por meio de programas assistenciais como o já criado em 2018, destinar mais verbas para a área de saúde dos viciados, a fim de que haja a construção e manutenção de centros de tratamento em todas as cidades do país, bem como postos sentinelas nas áreas de maior consumo de drogas. Além disso, é essencial que o tratamento seja feito de forma holística para que esses indivíduos sejam reinseridos na sociedade. Ademais cabe às instiuições sociais a elaboração de campanhas publicitárias de conscientização da população acerca da importância de incentivar os dependentes químicos a procurarem tratamento, para que, desse modo tais pessoas possam desfrutar de algo que há muito se perdeu: sua cidadania.