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Enviada em: 08/10/2018

As drogas, no Brasil, têm o seu surgimento associado aos índios, que descobriram plantas como substâncias tóxicas utilizadas em rituais. Hoje, as substâncias químicas são reconhecidas como prejudiciais à vida; todavia, o consumo ainda persiste. Assim, o tratamento de dependentes químicos, lastimavelmente, tornou-se um problema para o país devido à insuficiência das políticas públicas e ao individualismo presente na sociedade.      É indubitável que as políticas de combate às drogas prejudicam o tratamento de dependentes químicos, uma vez que os investimentos redirecionam-se no policiamento para a contenção do tráfico, enquanto os viciados recebem pouco auxílio governamental para a recuperação. De acordo com dados da Secretaria Nacional de Políticas sobre drogas, o Governo investiu 4 bilhões de reais em 4 anos no combate às drogas. Isso mostra que as medidas adotadas pelo poder público são ineficazes, visto que não diminui o número de dependentes, nem auxilia no tratamento. Logo, percebe-se a necessidade de mudança nas políticas públicas para que o governo preserve o direito de saúde do cidadão, como previsto na Constituição de 1988, de forma a investir no tratamento dos dependentes. Assim, nota-se a importância governamental para com essa problemática.       Além disso, segundo o sociólogo polonês Bauman, o individualismo é a principal mazela da sociedade contemporânea. Nessa perspectiva, evidencia-se que o egoísmo e a falta de empatia interferem nas soluções sociais. Assim, é visível que o meio social não cria satisfatórias condições de recuperação dos dependentes químicos, pois apenas julgam e não se unem para reintegrar os ex-viciados na sociedade. Dessa forma, percebe-se a necessidade da população em geral agir coletivamente, ignorando o preconceito, para inserir o ex-dependente no convívio social para que o tratamento dele torne-se mais fácil e rápido. Dessa maneira, a população ajudará na recuperação.                Portanto, tendo em vista os desafios para o tratamento de dependentes químicos no Brasil, é imprescindível que o Poder Executivo destine os investimentos para o tratamento dos viciados, por meio do auxílio do BNDES, a fim de que a recuperação seja imediata e eficiente, diminuindo o número de usuários. Outrossim, a sociedade deve divulgar campanhas nas redes sociais, mostrando a importância da união para a reintegração social dos ex-dependentes, para que a recuperação seja facilitada. Destarte, o tratamento daqueles que dependem de substâncias químicas deixará de ser um desafio.