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Enviada em: 18/04/2019

A extração mineral é uma atividade bastante importante para o Brasil, que detém cerca de 8% das reservas mundiais de minério de ferro e é o segundo maior extrator deste produto no mundo, segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral. Porém, tal atividade demonstrou, nos últimos anos, que pode trazer severos danos ambientais e econômicos quando uma de suas barragens se rompe, como ocorreu em Brumadinho dia 25 de janeiro de 2019. Desse modo, convém analisarmos as principais causas e implicações dessa problemática.    Para a extração de minério de ferro, é necessária a construção de barragens de rejeitos, que devem ser constantemente supervisionadas e passar por manutenções. Porém, a barragem de Mariana era classificada pela Agência Nacional de Mineração como de baixo risco, mas grande potencial de destruição, tendo cerca de 200 barragens pelo Brasil em situação similar. Isso demonstra negligência da Vale e do governo brasileiro em relação à situação da barragem e descaso com a vida e o impacto ao meio ambiente que poderia atingir.     Como consequências, o IBAMA indicou que mais de 1400 hectares de mata foram perdidas, e diversas espécies foram atingidas. A lama ainda contaminou o Rio Doce, utilizado para pesca e abastecimento de diversos municípios, que tragicamente ficarão sem poder utiliza-lo. Diversas famílias perderam suas casas e comércios, além dos 19 mortos neste fatídico incidente. Ademais, a mineradora perdeu mais de 70 bilhões em valor de mercado, demonstrando sua importância e sendo inaceitável sua postura em relação à sua atuação.     Dessa forma, elucida-se a importância da extração mineral para o país e também o risco que oferece. Assim, torna-se imprescindível a ação governamental, que deve, aliado ao Ministério do Meio ambiente, aumentar as fiscalizações e punições para descaso e periculosidade das atividades das mineradoras, por meio de leis mais rígidas e eficientes com multas e embargamentos . Espera-se com isso conter tragédias futuras.