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Enviada em: 19/07/2019

Desde a primeira Revolução Industrial na Inglaterra ocorreu o agravamento entre o capitalismo e o meio ambiente. Não obstante, tal questão se perpetua ao longo do tempo e tem se agravado cada vez mais, exemplo são os desastres ambientais causados pelo modo de produção capitalista atual. Essa dualidade no que se denomina evolução se choca com a realidade de destruição do meio ambiente. Diante dessa problemática, torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim de garantir um modelo de desenvolvimento alinhado a preservação ambiental, evitando futuros desastres como o que ocorreu em Mariana.     Convém ressaltar, a princípio, o quanto é retirado do meio ambiente muito mais do que é necessário, muito mais do que o imprescindível para a vida, isso porque nosso modo de viver está intimamente associado ao consumismo. Essa mentalidade de consumir cada vez mais contribui para a continuidade da problemática, prova disso é o fato de que se necessitamos, por exemplo, de certa quantidade de madeira para a construção de utensílios básicos, encontramos uma maneira de inventar algo de que não precisamos verdadeiramente e acabamos extraindo muito mais do que a quantidade inicial. Essa é, então, uma exploração totalmente irresponsável.    Paralelo a isso, a imperícia social vinculada a falta de conscientização, de que que a natureza não é totalmente autorrenovável fomenta a perpetuação do impasse. Segundo o filósofo Zygmunt Bauman, a lógica hipercapitalista subverteu o sentimento empático, o que causou, por consequência, menos afetos nas relações sociais. Se continuarmos nesse ritmo de desenvolvimento, as próximas gerações irão sofrer as consequências danosas da não preservação ambiental, o que mostra a atual falta de empatia em relação às gerações futuras.     Portanto, é mister que o Governo em junção com os três poderes (executivo, legislativo e judiciário), faça adequações nos meios de fiscalizar as infraestruturas - para que haja uma taxa menor de riscos em acidentes e, por meio de debates governamentais, exista a mudança na cobrança de infrações feitas pelas empresas em questão - assim, dando credibilidade a causa. Paralelamente, é necessário que haja uma conscientização das elites governantes e da população. A sociedade precisa sair da passividade e tomar atitudes. Essa conscientização poderá ser feita pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) através de palestras nas escolas, propagandas nas mídias sociais e em canais televisivos, mostrando os desastres causados pela falta de preservação ambiental. Somente assim com o desenvolvimento alinhado a preservação do meio ambiente que iremos evitar desastres ambientais.