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Enviada em: 25/08/2019

De acordo com a BBC Brasil, há no país, mais de 700 barragens de rejeitos de mineração. Sendo que aproximadamente 300 não possuem fiscalização adequada e mais de 200 apresentam alto risco de rompimento. Nesse sentido, a ruptura da barragem na cidade de Mariana em Minas Gerais exemplifica o real dano ecológico e social que um desastre como esse pode acarretar. Diante disso cabe analisar como o interesse corporativo comercial, e a inoperância Estatal contribuem para a problemática em questão.        Em primeiro plano, o interesse comercial das empresas e a avidez por lucro, colaboram para a incidência de problemas ecológicos no país. Isso ocorre, pois não há nas corporações, uma ideia de desenvolvimento econômico atrelado à preservação ambiental. Nessa perspectiva, os empreendimentos são feitos sem levarem em conta as especificidades e os potenciais riscos que podem acarretar na região. O exemplo do rompimento da barragem de mariana é apenas a “ponta do Iceberg” do descaso de empresas com o meio ambiente. Bom exemplo disso, é que em 1984, uma falha nas vias subterrâneas da Petrobrás foi responsável pelo derramamento de 700 mil litros de gasolina que destruiu uma comunidade local na cidade de Cubatão no estado de São Paulo.         Em segundo plano, a inoperância Estatal, também, é responsável pelo impasse vigente. Isso porque, o governo é leniente tanto na fiscalização quanto na aplicação de multas e penalidades para empresas que desrespeitam o meio ambiente. Em decorrência disso, a fim de conseguirem maior lucratividade, tais empresas visam apenas o progresso econômico dissociado da preservação ambiental. Em virtude dessa mentalidade capitalista toda sociedade está em risco, tanto pelo perigo de extinção de espécies da fauna e da flora, quanto pelos riscos de envenenamento de rios e lagos. Ou seja, além do fator ambiental, a dinâmica econômica do país pode ser alterada para alocação de recursos na reconstrução de ecossistemas destruídos ou estudos de impactos ambientais do desastre ocorrido.        Dessa forma, é necessário que, para garantir o progresso econômico junto à preservação ambiental, o Ministério do Meio Ambiente em parceria com ONG’S realizem consultorias para empresas discutindo a importância da preservação do meio ambiente e que é possível gerar lucros com sustentabilidade, à vista disso contribuem para o despertar de uma consciência ambiental na esfera corporativa. Além disso, o Ministério da Justiça, realize fiscalizações periódicas sobre os riscos de desastres ambientais, bem como aplique multas rigorosas para os que não obedecem às prerrogativas de conservação do ecossistema, de modo a impedir o descaso com o meio ambiente. Dessa forma, desenvolvimento econômico e ambiental caminham no mesmo sentido.