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Enviada em: 30/04/2017

Foi na Inglaterra onde o processo de industrialização teve início, deixando de lado a manufatura e as organizações familiares, e, dando enfoque a produção maquinofatureira em grande escala. Se naquela época a obtenção de matéria prima era uma barreira para o desenvolvimento, hoje, com a globalização e o avanço nos meios de transporte esse fator deixou de ser um problema. O grande dilema agora é conciliar desenvolvimento e sustentabilidade: se por um lado o progresso é importante para o homem, por outro, a natureza é essencial. Desastres como o rompimento da barragem em Bento Rodrigues - que derramou uma grande quantidade de lama no Rio Doce, chegando até mesmo no Espirito Santo - vem chamando cada vez mais atenção para o tema.   A Samarco, responsável pela tragédia ambiental no distrito de Mariana, é também, uma das maiores fontes de emprego da região e principal forma de sustento de diversas famílias. De modo que, mesmo após o ocorrido, parte da população demonstra apoio a retomada das atividades da empresa - que consiste na extração mineral. Com a sua fonte de mantimento abalada, é de praxe que as pessoas deixem de lado questões ambientais, já que, o capitalismo acabou alienando os indivíduos quanto a importância de preservar o meio em que vivem numa busca desenfreada pelo desenvolvimento.  A lama despejada no Rio Doce causou diversos problemas: o acumulo nas branquias de néctons fez com que os mesmos morressem por asfixia; ao cobrir o rio, impedindo a passagem dos raios solares, a lama impediu que o processo de fotossíntese ocorresse, levando a morte de espécies vegetais; ambos problemas citados acima, geraram a aglomeração da quantidade de matéria orgânica, de modo que, tornou-se necessário o aumento de decompositores que diminuíram a quantidade de oxigênio no rio, tornando-o impróprio para espécies aeróbicas. Dessa forma, a perda ecológica é imensurável, espécies que só existiam naquela região foram definitivamente extintas, e, mesmo com décadas de tratamento, o Rio Doce jamais será o mesmo.  A ganância humana, aos poucos, vem destruindo a natureza. Mas, como diria Martin Luther King, "Toda hora é hora de fazer o que é certo". Deve-se começar agora o processo de conscientização sobre a importância da preservação do meio, através de palestras com biólogos e profissionais da área nas escolas, criando cidadãos conscientes de que há uma infinidade de possibilidades de trabalhos, mas apenas uma natureza, e esta, requer cuidado. Para que desastres como esse não se repitam, a Secretária do Meio Ambiente precisa aumentar o rigor na fiscalização e punição de empresas, de modo que, as mesmas se adaptem ao meio de produção sustentável. Desse modo, haverá o início de uma nova era, onde homem e natureza, de fato, viverão em harmonia.