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Enviada em: 06/10/2017

Desastre de Mariana: acidente ou descuido?       É evidente que o desastre ambiental de Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015, foi o pior já ocorrido no Brasil até o presente momento. Tal catástrofe causada pelo rompimento das barragens da mineradora Samarco, na bacia do Rio Doce, resultou em graves impactos, não só ambientais, mas também sociais e econômicos, uma vez que afetou desde Minas Gerais até Espírito Santo.       Em relação ao meio ambiente, é importante ressaltar a existência de uma fauna endêmica no Vale do Rio Doce, que devido à tragédia, foi praticamente extinta, gerando danos na cadeia alimentar, visto que as mortes de animais e plantas terrestres e aquáticas, diminuem significativamente a quantidade de oxigênio no rio, levando o mesmo à morte. Além disso, a lama levada pela correnteza atingiu as zonas de reprodução aquática, conhecidas como manguezais, dessa forma os poucos seres sobreviventes são incapazes de procriar. Há ainda sérios impactos sociais, entre eles pode-se enfatizar a destruição das moradias e bens da população, bem como as questões relacionadas à saúde, devido ao aumento de doenças como dengue e esquistossomose pelo acúmulo e poluição da água. Dessa forma, danos são causados ao setor econômico, devido à infertilidade do solo e erradicação da pesca, que são fortes fontes de renda no estado de Minas Gerais.    Fica claro, ainda, que tais danos e prejuízos perdurarão por muitos anos, como o caso do derramamento de petróleo no Alasca, que gerou e continua gerando grandes impactos em nosso planeta. Inclusive, existem mais barragens com risco de rompimento e não há eficientes projetos de prevenção de outros desastres, por isso, não se pode defini-los como meros acidentes, já que há o conhecimento da possibilidade de ocorrências, mas não há o interesse do governo em investimentos nas tomadas de precauções. Entretanto, com os efeitos da calamidade, torna-se visível a necessidade de uma reforma econômica, pois com a mineração, o país vende materiais para o investimento em tecnologia no exterior em vez de investir na própria tecnologia com seus recursos nacionais, arriscando-se a mais eventos catastróficos como o de Mariana.      Portanto, medidas são necessárias para solucionar esse impasse. Cabe ao Ministério do Meio Ambiente implantar tecnologias de filtração da água contaminada para, aos poucos, reverter a situação  e,  ao Ministério da Saúde, disponibilizar mais tratamentos para a cura das doenças, utilizando as verbas disponibilizadas para seus feitos. Além de ações do Governo Federal para construções de  novas moradias. E como diz um provérbio indígena: somente quando for cortada a última árvore, poluído o último rio, pescado o último peixe, é que o homem vai perceber que não pode comer dinheiro!