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Enviada em: 21/10/2017

Algumas vezes ao longo da história, o mundo se chocou com grandes desastres ambientes, como o caso da explosão da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, e o derramamento de óleo no mar do Alasca. Já no Brasil, destacam-se a destruição de mais de 90% da Mata Atlântica iniciada no processo de colonização e, mais recentemente, - superando todos os outros - o rompimento da barragem de lama em Mariana, Minas Gerais, em 2015. Diante desse cenário de catástrofes, surge a necessidade de se refletir o preço do desenvolvimento e seus efeitos para a vida na Terra.         Primeiramente, é possível considerar o acidente ambiental na cidade de Mariana como um acontecimento previsto, porém negligenciado tanto por órgãos governamentais quanto pelas próprias empresas mineradoras. Especialistas haviam vistoriado as condições das estruturas que estancavam os rejeitos provenientes da atividade de exploração de minérios e alertaram para o riscos. Todavia, não foram adotadas medidas de prevenção, muito menos um plano de mitigação a fim de que os danos não alcançassem as enormes proporções como, de fato, ocorreu. A despeito da importância da mineração para a economia brasileira, há que se repensar na forma como tem sido realizada de modo que a responsabilidade social e com a natureza seja vista primordialmente.           Outra grave questão relacionada a esse episódio é o grau de deploração sofrido pelo distrito de Bento Rodrigues. Com a passagem de, literalmente, um mar de lama, muitos moradores perderam suas casas, seus registros e seus familiares; animais e vegetações foram soterrados; o Rio Doce perdeu sua biodiversidade com a morte de seus peixes e outros seres aquáticos, uma vez que foi inundado por metais pesados e nocivos. Mesmo com a pressão exercida por ONG's e instituições ligadas a preservação do meio ambiente, somadas a ações de minimização de impactos, o município continua destruído, o rio sujo e a população suscetível a doenças após quase 2 anos. Percebe-se, assim, uma preocupante inversão de valores, no qual a vida é subjugada pela ganância e pelo dinheiro.            Fica claro, portanto, que o limite do desenvolvimento de um país esbarra nos prejuízos causados à fauna, flora e humanidade. Logo, despertar a essa consciência é prezar pela própria sobrevivência, além de exercer o verdadeiro amor à pátria. Nesse sentido, a imprensa deve unir-se a população e exigir do Ministério Público a continuidade e agilidade das investigações, bem como punições severas aos responsáveis. Já o Ministério do Meio Ambiente deve trabalhar em parceria com universidades e empresas da construção civil para resgatar a região, pesquisando novas formas de reduzir a poluição e reconstruir os lares daqueles que viram tudo se esvair naquele "mar terroso". ercebe-se, assim, uma grave inversão de valores, em que o