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Enviada em: 31/10/2017

José de Alencar e outros autores do romance indianista nos fizeram conhecer e entender a relação do índio com a natureza: subsistência, exploração saudável e freada, cooperação. Esse modo de se utilizar da fauna e da flora, no entanto, não é o mais prevalecente no mundo, já que o homem, desde muito antes de essas histórias serem contadas, tem para si duas únicas palavras-chave: desenvolvimento e lucro. A fim de satisfazer essas necessidades inventadas, viemos explorando, desenfreada e irresponsavelmente, o meio ambiente, sem pensar que – um dia – a humanidade pode ser engolida por essas ações, como recentes acontecimentos vem sugerindo, tal como, os vazamentos de óleo na bacia de Campos e Guanabara no Rio de Janeiro.   Primeiramente, é preciso compreender de que maneira ocorre a exploração de bens naturais. Constantemente retiramos do meio ambiente muito mais do que necessitamos, muito mais do que o imprescindível para a vida, isso porque nosso modo de viver está intimamente associado ao que é supérfluo. Exemplo disso, são as queimadas e desmatamento da Floresta Amazônica que cresceram cerca de 20% desde 2008 devido à exploração ilegal de madeira e cortes de árvores para formação de pasto somados à falta de investimento para fiscalizar e combater essa extração e sem a preocupação do reflorestamento das áreas devastadas. Essas são, então, explorações totalmente irresponsáveis.   Nada disso, porém, seria tão prejudicial se tivéssemos consciência e o mínimo de preocupação com a prevenção de desastres. Falta-nos entender que a natureza não é totalmente autorrenovável e que, mesmo se fosse, ela não teria uma força de regeneração diretamente proporcional à nossa capacidade de degradação. Além disso, é necessário que tenhamos discernimento e que sejamos consequentes ao nos utilizarmos do meio ambiente, para que verdadeiras tragédias, como o recente rompimento de uma barragem da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, não voltem a acontecer. Isso é possível com um planejamento e a prevenção adequada.   Fica evidente, portanto, que a conciliação de crescimento econômico e conservação do meio ambiente é necessário para manutenção da vida no planeta. Para isso, instituições internacionais, como a ONU, deveriam, juntamente a organizações como a União Europeia e os BRICS, pensar em políticas públicas de regulamentação sobre a utilização dos recursos naturais, de modo a evitar o desperdício dos mesmos, a fim de melhorar o aproveitamento desses recursos. Além disso, deve desenvolver medidas punitivas aplicáveis a empresas responsáveis por acidentes, uma vez que, estas, devem investir em segurança e prevenção de acidentes com o intuito de evita-los. A responsabilidade é a palavra-chave que, de fato, devemos seguir como meio de qualidade de vida e perpetuação de nossa espécie.