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Enviada em: 10/04/2019

Exploração que custa vidas         Lama, soterramento, mais lama. Um crime ambiental e uma catástrofe humanitária. Ao longo do processo de exploração do meio ambiente, muitas empresas de extração, como as mineradoras, acabam por articular desastres como o ocorrido em Brumadinho. Com efeito, esse panorama de exploratório ambiental mostra-se um importante desafio da modernidade porquanto alicerça o descaso Estatal e a indiferença social no país.       Em primeira instância, segundo dados da Defesa Civil de Brumadinho, cerca de 400 pessoas foram mortas, devido principalmente ao acidente ter se iniciado em cima do restaurante onde almoçavam os trabalhadores da empresa Vale. Embora o país já tenha assistido há dois anos o também desastroso rompimento de barragem na cidade de Mariana, as empresas pouco se importaram em evitar que o problema se repetisse a fim de evitar gastos. Muitas vidas foram perdidas, e certamente a vida dos familiares que perderam seus entes e suas casas, estará para sempre abalada.       Ademais, o Ibama informou que os rejeitos da barragem se espalharam por cerca de 300 quilômetros o que torna o impacto ambiental preocupante visto que a vida de diversos animais foi desestruturada. Além disso, esses rejeitos chegaram a um rio e quando isso ocorre, se estabelece um fenômeno chamado de magnificação trófica, ou seja, um material tóxico, como exemplo o mercúrio, acaba por passar de animal para animal ao longo da cadeia alimentar. Cabe ressaltar que, infelizmente tal problema gera impactos que geralmente não podem ser revertidos.      Portanto, a fim de garantir que desastres ambientais como esse não mais ocorram, cabe ao Ministério do Meio Ambiente, por meio do redirecionamento de verbas, contratar mais agentes fiscalizadores para as áreas ambientais e  acionar o Poder Legislativo objetivando a criação de leis mais rigorosas quanto ao encaminhamento de rejeitos. Dessa forma, muitos acidentes serão evitados e tanto o meio ambiente quanto a população serão beneficiadas.