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Enviada em: 17/04/2019

Após o fim da segunda guerra mundial, em 1945, e o estabelecimento do American Way Of Life nos Estados Unidos, as empresas venderam a ideia da felicidade pelo consumo tecnológico. Contudo, nota-se que o uso da tecnologia não trouxe apenas a realização de desejos pessoais, mas também prejuízos à fauna e à flora, uma vez que os desastres ambientais oriundos do uso indiscriminado do meio ambiente provoca danos irreparáveis à região. Assim, evidencia-se a necessidade de promover uma análise crítica acerca das causas e consequências para uma possível solução da problemática.       Em primeiro lugar, é importante ressaltar os fatores que possibilitaram para o aumento dos crimes ambientais. Zygmunt Bauman, importante filósofo contemporâneo, mostra em sua obra "Em busca da política" a liquidez das relações sociais, em que impera o individualismo e a busca constante pela ascensão social e acúmulo de riquezas. Tais ações, aliadas às poucas fiscalizações por parte do poder público em áreas utilizadas por indústrias, permitem a ocorrência de impactos ambientais por meio do uso intenso dos recursos naturais para a produção de matérias primas. Desse modo, como dito por Bauman, os cidadãos estão vivendo o fim do futuro; algo grave, tendo em vista o ferimento do direito de preservar o meio ambiente para garantir a sobrevivência das próximas gerações.       Vale também evidenciar os efeitos desse fenômeno. De acordo com o portal G1, o rompimento da barragem de Fundão, em Minas Gerais, lançou aproximadamente 44 milhões de metros cúbicos de lama - o equivalente a 25 mil piscinas olímpicas - nos afluentes e no Rio Doce. Como uma extensa área natural foi atingida, as consequências não somente foram a morte de peixes, mas também a contaminação da água doce e do solo, pois a lama sobre uma determinada área é capaz de abaixar os níveis de oxigênio e, por conseguinte, os seres vivos ali localizados sofrem asfixia. Dessa maneira, a flora e a fauna são drasticamente atingidas pelos desastres causados pelos seres humanos, algo que gera perdas irrecuperáveis de espécies importantes para o ecossistema.        Depreende-se, portanto, que a reincidência dos crimes ambientais pode ser muito prejudicial para os seres vivos e necessita de mais atenção. O Ministério do Meio Ambiente, como instituição responsável em assegurar a preservação das espécies, deve aumentar o número de fiscais, por meio de concursos públicos, cujo objetivo é inspecionar e cuidar de áreas utilizadas por empresas. Ademais, é importante a criação de leis pela Comissão de Meio Ambiente, as quais vão passar a exigir das indústrias a divulgação semestralmente de pesquisas que confirmam a segurança dos locais e recursos naturais utilizados, para, com isso, evitar que novos desastres ocorram. Enfim, a partir dessas ações, como dito por Martin Luther King: "toda hora é hora de fazer o que é certo."