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Enviada em: 13/04/2019

O rompimento da barragem em Brumadinho no inicio deste ano, infelizmente, foi ainda mais mortífero que o desastre em Mariana. Mediante a reincidência de tal crime ambiental, torna-se vital discutir sobre este problema, e assim, visar combatê-lo. Desse modo, a irresponsabilidade Federal e empresarial quanto a gestão das barragens e a dependência financeira do municípios ao redor da área de mineração, são as principais causas deste problema.      Em primeira análise, é notória a irresponsabilidade socioambiental tanto do governo, quanto da Vale na manutenção das barragens. O Quadrilátero Ferrífero possui grande destaque geológico mundial, visto que se encontra em uma área de Escudo Cristalino, onde há vários tipos de minerais, principalmente, o minério de ferro. A comercialização deste commoditie traz altos lucros tanto para a Vale, quanto para o Estado, que acaba por abrandar a fiscalização das barragens, afim de que a empresa não perca lucro investindo altos valores em tipos de diques de contenção ou em processamentos mais seguros.      Ademais, a dependência econômica dos municípios do Quadrilátero Ferrífero em relação a mineração é um dos fatores da reincidência desse crime ambiental. Além da geração de empregos que essa atividade proporciona, ainda há os Royalties, que são uma compensação financeira da Vale às cidades afetadas pela mineração. O que traz um comodismo para a população que vive na região, sem a devida preocupação em pressionar a empresa e exigir maior transparência quanto a segurança das barragens, o que agrava ainda mais a situação.         Urge, portanto, medidas para evitar a reincidência de crimes ambientais como o desastre ocorrido em Brumadinho. É de praxe que o Ministério Público pressione o Estado, para que o mesmo puna os órgãos fiscalizadores das barragens por conta de suas irregularidades na fiscalização. E também, que o Governo libere  verbas para que esses órgãos não fiquem sucateados. Por fim, que a Vale seja pressionada , por meio da pressão popular nas mídias e nas ruas, a investir em diques de contenção mais seguros, como o alteamento a jusante, ou no processamento a seco dos rejeitos, como já é feito na Serra dos Carajás.