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Enviada em: 02/05/2019

A Constituição cidadã de 1988 prevê em seu artigo 225 que todas as pessoas têm o direito a usufruir do meio ambiente ecologicamente equilibrado, visando perpetuar uma sadia qualidade de vida a todos. No entanto, tal prerrogativa legal não é vivenciada com ênfase na prática, tendo em vista que, a negligência do poder público diante de crimes ambientais corroboram para a perpetuação destes, que causam efeitos nefastos tanto na biodiversidade, como também, na qualidade de vida da população.    Primordialmente, cabe considerar que o desvelo do estado em relação ao manejo do meio impulsionou o rompimento da barragem de Mariana e fortaleceu a eclosão da tragédia em Brumadinho. Isso se dá, na medida que o homem contemporâneo torna-se ''cego'' por lucros exagerados e assim, os problemas sociais se intensificam conforme defende o escritor português José Samargo na obra ''Ensaio sobre a cegueira''. Em decorrência dessa cegueira, o interesse próprio, a impaciência e insensibilidade diante de algum caos considerado urgente, leva a cada cidadão a preocupar-se apenas com seus próprios interesses e, em consequência disso, crimes, sobretudo, ambientais expõe o meio ambiente e a população a cenários desafiadores de destruição imediata.    É importante mencionar ainda, que a gravidade da reincidência de crimes ambientais vão além de catástrofes imediatas. A partir disso, nota-se que o exílio da fauna e flora contribuem não só para o regresso do ecossistema, como também, para o aumento  a curto ou longo prazo dos índices de doenças, como por exemplo, malária, febre amarela e doença de chagas, uma vez que, destruindo o habitat de várias espécies estas passam a procurar abrigo e comida em áreas urbanas e em inúmeras vezes atuam como vetor de doenças, o que deixa claro a urgência de políticas públicas para sanar esse problema.   Portanto, é mister que o estado tome providências para superar o quadro atual. Para excluir tragédias como essa do cenário brasileiro, urge que o poder Legislativo seja mais severo nas suas punições, elevando as multas e sentenças para todo e qualquer tipo de crime ambiental. É importante ainda, que o Ministério do Meio ambiente crie, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias nas redes sociais em defesa da preservação  do meio ambiente, apresentando técnicas de manejo sustentável do meio, recuperação e valorização de politicas ecológicas em todas as instâncias da sociedade. Somente assim, é possível  frear a destruição ambiental e promover qualidade de vida para as atuais e futuras gerações.