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Enviada em: 30/04/2019

Um antigo ditado sociológico diz que deve-se ´´Saber para prever a fim de prover``, isto é, o conhecimento leva o homem a todos os fins e cabe a ele escolher o melhor. Em contrapartida, percebe-se que mesmo em uma contemporaneidade brasileira altamente dotada de conhecimentos e mecanismos para desenvolvê-lo, tragédias como o rompimento da barragem de Brumadinho demonstram as péssimas escolhas do homem. Assim, esse acontecimento se torna alvo de debates, uma vez que suas razões se limitam  a erros humanos.   Em primeiro plano, cabe ressaltar a fala de Nilo D´Avila, Diretor de campanhas do Greenpeace, a respeito de como é repassado as notícias sobre a fiscalização dessa barragem: ´´É tudo declaratório``, ou seja, as conclusões sobre as condições estruturais das barragens são retiradas e distribuídas por agentes próprios da empresa da Vale. Dessa forma, informações como a porcentagem de possíveis riscos podem ser manipuladas sem que haja uma verificação e um estudo eficaz do grau de veracidade, por parte do Estado.    Ademais, destaca-se ainda a antítese existente entre o fato de terem recursos  e condições tecnológicas, mas optarem por uma forma obsoleta de construção. Dessarte, o método batizado de ´´alteamento a montante`` foi escolhido ao classificarem, infelizmente, que requisitos como o pequeno tempo de finalização e o menor custo são mais importantes que a característica de ser o menos seguro.    Portanto, fica claro a necessidade de mudanças na política de construção de barragens. À vista disso, é preciso que o Ministério do Meio Ambiente envie agentes próprios e confiáveis destinados a mensalmente fiscalizar de forma eficiente a situação dos diques, a fim de propor um relatório seguro. Outrossim, cabe ao Poder Legislativo proibir por meio de decretos o método de ´´alteamento a montante`` e afins no intuito de prevenir possíveis tragédias e resguardar áreas próximas. Desse modo, a sociedade, enfim, vivenciará o antigo ditado sociológico.