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Enviada em: 09/05/2019

Em janeiro de 2019, a barragem da empresa mineradora Vale rompeu-se, esse fato ocorreu na cidade de Brumadinho, Minas Gerais, onde matou centenas de pessoas, bem como acarretou a destruição da fauna e flora da região. Essa não foi a primeira tragédia sucedida e provavelmente não será a última, pois o uso indiscriminado e inconsciente dos recursos naturais por parte de empresas privadas e a não culpabilização dos responsáveis por esse crime, faz com que casos parecidos se repitam no cenário brasileiro.       Em um primeiro plano, é importante frisar que várias empresas estatais brasileiras foram privatizadas nos últimos tempos. Similarmente, a Vale foi vendida em 1997, pelo então presidente Fernando Henrique, desde então, a companhia cresceu exorbitantemente, porém a irresponsabilidade ambiental da empresa aumentou. Por consequinte, há várias barragens pelo Brasil que estão em situação de risco.       Ademais, é relevante ressaltar que o poder público e a população consideraram o caso de Brumadinho como algo inevitável, definindo-o como um desastre ambiental. Entretanto, paralelamente o pensador brasileiro Paulo Freire alerta sobre como esse conceito pode ser perigoso, pois não pode-se aceitar essas situações como fatalidades, pois elas podem ser evitadas. Assim, o Estado, bem como os cidadãos precisam redefinir a ideia de tragédia, caracterizando-o como um crime ambiental.       Fica evidente, portanto, que o governo deve intervir diretamente nessa perspectiva. Primordialmente, o poder público deve valorizar as empresas nacionais, por meio de campanhas midiáticas e por uma boa administração, a fim de  passar um valor positivo das estatais para a população, para diminuir as chances de privatização. Outrossim, deve-se mudar a concepção errônea de desastre, mediante a criminalização dos responsáveis pelo poder judiciário, com o intuito de evitar novas transgressões. Logo, o Brasil dá mais um passo para garantir a segurança de seus habitantes e dos seus recursos naturais.