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Enviada em: 09/05/2019

No livro ''A República'' do famoso filósofo Platão, o autor idealiza uma civilização na qual todos os indivíduos trabalham em busca da harmonia, ou seja, do bem comum. Infelizmente, o Brasil está longe de alcançar essa sociedade utópica, uma vez que os crimes ambientais, como de Brumadinho, causador de centenas de mortes, está se tornando cada vez mais reincidente, o que vem causa desestabilidade nas famílias das vítimas. Isso é decorrente da negligência das empresas responsáveis e da falta de fiscalização e punição do meio governamental. Diante disso, é importante que se busquem caminhos para resolver tal impasse.    A princípio, é necessário dar ênfase a irresponsabilidade da Vale para com os cidadãos. Essa requerida tem como função obrigatória assegurar-se de que suas barragens estão estabilizadas, porém, torna-se mais lucrativo para a própria ignorar a necessidade de manutenção, burlando um de seus compromissos documentais. Hodiernamente, os donos dessas empresas estão sempre visando pelo lucro acima de tudo e todos, essas atitudes podem ser relacionadas com o pensamento do político e filósofo francês, Thomas Hobbes, o qual diz que ''O homem é o lobo do próprio homem'', ou seja, o homem é capaz de destruir o seu semelhante por causa de sua ganância.    Além disso, a passividade do governo diante desses problemas que assolam a sociedade e o meio ambiente é aparvalhador. Prova disso foi o acidente na Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, em que o Estado não se preocupou com a falta de atitude da Vale em relação à essa barragem, mesmo com um desastre parcialmente relativo a esse já ocorrido a quase 3 anos atrás, o de Mariana. Tal cenário aponta para o trecho do poema de Carlos Drummond de Andrade, o qual relata que ''No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho'', em que a pedra estaria relacionada à falta de fiscalização e punição das autoridades para com a irresponsabilidade das empresas.      Diante dos fatos supracitados, as mineradoras devem realizar análises de seguranças precisas e efetuar as manutenções necessárias, a fim de previnir que tragédias como a de Mariana e Brumadinho ocorram novamente. Outrossim, o Ministério do Meio Ambiente, precisa efetivar a fiscalização da infração de leis já existentes e punir severamente os criminosos, para que crimes contra o meio ambiente sejam exterminados do nosso meio social. Dessa forma, torna-se possível uma concretização de uma sociedade harmoniosa, como Platão idealiza, onde as famílias não serão destruídas decorrentes do comportamento irresponsável de empresas como a Vale.